Polícia

Com medo de linchamento, tio de criança morta pede transferência para Capital

Revelação foi feita pelo delegado José Getúlio. Carpinteiro segue preso na cadeia de Peixoto de Azevedo.

Luis Vinicius | RDNews 

O carpinteiro José Marcos da Silva Lima, de 29 anos, preso após confessar ter assassinado a sobrinha, Yara Salvador Matiello, 9 anos, pediu para ser transferido para Cuiabá por receio de linchamento. Atualmente, ele está recolhido preventivamente na Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo (700 km de Cuiabá) à disposição do Poder Judiciário.

O pedido de transferência foi feito de maneira informal ao delegado José Getúlio, responsável pelo inquérito, logo após a prisão, na quarta-feira (20), em Terra Nova do Norte (760 km de Cuiabá). Conforme a autoridade policial, José Marcos já possui passagens criminais e, por isso, sabe como funciona o sistema penitenciário.

“O receio dele existe, ele sabe da gravidade do crime que está sendo imputado a ele. Ele já foi preso, ele sabe como funciona as coisas. É uma situação muito grave”, disse José Getúlio à reportagem.

Após a prisão, o delegado representou pela prisão preventiva do suspeito pelos crimes de homicídios qualificados e ocultação de cadáver. O juiz da Vara Única de Itaúba (600 km de Cuiabá), Edson Carlos Wrubel Júnior, manteve a prisão durante audiência de custódia. O caso está sob segredo de justiça.

Diante disso, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) não informou se há um planejamento de transferência de José Marcos para Cuiabá ou para outra unidade com maior segurança.

“A gente não trabalha dessa forma. O serviço é dentro da legalidade. A gente está analisando os interrogatórios para identificarmos os pontos verídicos e inverídicos do comportamento dele e foi assim que a gente conseguiu localizar o corpo da vítima”, explicou o delegado, que segue investigando o caso.

Manifestação

Devido à brutalidade do crime, moradores e familiares da vítima fizeram um protesto horas após o crime pedindo justiça. Os manifestantes fizeram passeatas e percorreram algumas ruas da cidade para cobrar uma rígida apuração da Polícia Civil.

Procurado, o delegado informou que a manifestação foi pacífica e que não houve tentativa de invasão da Delegacia da cidade. Também não houve registro de feridos.

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