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Sara Winter e mais cinco são presos em investigação sobre atos antidemocráticos, em Brasília

A Polícia Federal prendeu a ativista Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, e cumpre mandado de prisão de outras cinco pessoas investigadas por exercerem atos antidemocráticos, em Brasília, na segunda-feira (15). A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Winter é chefe do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O outros 5 que tiveram prisão autorizada pelo STF, também são ligados ao grupo. Segundo a investigação do caso, eles são suspeitos de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos, e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional.

O grupo 300 do Brasil se define como militância organizada de direita. Ele foi responsável por um acampamento montado na Esplanada no início de maio e desmobilizado no último fim de semana. Em uma entrevista à BBC Brasil, Sara reconheceu a existência de armas entre os ativistas.

“Em nosso grupo, existem membros que são CACs (sigla para Colecionador, Atirador e Caçador), outros que possuem armas devidamente registradas nos órgãos competentes. Essas armas servem para a proteção dos próprios membros do acampamento e nada têm a ver com nossa militância”, afirmou na ocasião.

Ao pedir o fim do acampamento, o Ministério Público do DF tratou o grupo dos 300 como milícia armada, o que é proibido pela Constituição.

Em abril de 2017, a ativista Winter publicou na sua rede social uma foto ao lado de Jair Bolsonaro. Na época, Bolsonaro era ainda deputado federal.

No dia 13 de maio, representantes do grupo 300 do Brasil foram ao Palácio do Alvorada e ficaram no local reservado para apoiadores do presidente. Bolsonaro falou naquele dia que o mais difícil é se manter no cargo e governar. E Sara respondeu que “nós somos sua base. Nós somos a militância que o senhor precisa. Somos soldados a sua disposição”.

No último sábado (13), integrantes deste grupo participaram de ato em que manifestantes lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF. E, em 30 de maio, Sara chefiou uma manifestação com referências a grupos neonazistas e de supremacistas brancos americanos, na Esplanada dos Ministérios.

Em um vídeo gravado em frente ao STF em maio, Sara conclamou manifestantes a acamparem em frente à casa do ministro do STF Alexandre de Moraes. “A gente sabe onde o Alexandre de Moraes mora, a gente vai acampar lá na frente. Pessoal de São Paulo, saiam da Alesp [Assembleia Legislativa do Estado São Paulo], acampem na frente da casa do Alexandre de Moraes”, afirmou.

Depois desse vídeo, houve um ato em frente ao prédio em que o ministro mora, em São Paulo, e duas pessoas foram presas pelos crimes de desobediência, descumprimento de medida sanitária preventiva e incitação ao crime.

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