MPE quer apreensão de barracas e churrasqueiras de manifestantes em MT
No requerimento, procurador-geral de Justiça sugere que material seja doado a entidades filantrópicas.
Jacques Gosch | RDNews
O Ministério Público Estadual (MPE) solicitou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determine a apreensão de todos os materiais dos acampamentos dos manifestantes que contestam o resultado das urnas, querem impedir a posse do presidente da República eleito Luiz Inácio Lula da Silva e pedem intervenção militar. Os atos antidemocráticos estão concentrados em frente ao 13 Batalhão de Infantaria Motorizada em Cuiabá e em outros municípios de Mato Grosso.
O pedido consta em documento encaminhado pelo procurador geral de Justiça José Antônio Borges Pereira ao STF. No requerimento, o chefe do MPE pede que os materiais apreendidos com manifestantes sejam doados para entidades filantrópicas.
No documento enviado ao STF, o Ministério Público mato-grossense pede que sejam aprendidos todos “os bens móveis, de logística, apoio e consumo, que estiverem em poder dos manifestantes”. A lista inclui barracas, cadeiras, freezers, caixas térmicas, churrasqueiras, panelas, espetos, mantimentos, placas, faixas, etc.
Na semana passada, Alexandre de Moraes proferiu decisão determinando multa aos caminhões utilizados pelos manifestantes. Também bloqueou os veículos judicialmente, determinando que Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Judiciária Civil identifiquem veículos e pessoas para aplicação de multa de R$ 20 mil a cada um deles.
Na mesma decisão, Alexandre de Moraes determinou o afastamento do prefeito de Tapurah, Carlos Alberto Capeletti (PSD), por 60 dias. O gestor incitou a população a tomar o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto contra a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Contudo, Moraes não decidiu sobre o pedido de apreensão dos materiais feito por José Antônio Borges. Nova decisão deve ser proferida nos próximos dias.