Polícia

Mensagem de WhatsApp ajudou mãe a suspeitar de envolvimento do irmão

Suspeito foi até a casa da vítima, disse saber do desaparecimento e ainda se dispôs a ajudar procurar pela menina.

Luis Vinicius | RDNews 

A mãe de Yara Salvador Matiello, de 9 anos, que foi estuprada, morta e encontrada em uma cova rasa disse à Polícia Civil, durante depoimento hoje (21), que passou a desconfiar de José Marcos da Silva Lima, seu irmão, depois que a filha mandou WhatsApp e apagou. A menor teria pedido a ela para ir à casa do tio, que é suspeito de estuprá-la e matá-la com um golpe de enxada na cabeça. A mulher procurou pelo irmão, que apareceu e ainda se dispôs, para disfarçar, procurar pela sobrinha.

Yara foi retirada de casa pelo tio na madrugada de quarta (20) e levada por ele em uma moto. Caso aconteceu em Terra Nova do Norte (MT).

Foi por meio da denúncia da mãe, identificada como D.S.S.M.,  que a Polícia Civil começou a investigar José Marcos. A testemunha relatou ao delegado José Getúlio que o irmão raptou a vítima na madrugada, enquanto ela estava dormindo.

A mulher explicou que ao acordar foi ao quarto da filha e não a encontrou. Ela disse que passou a procurar no quintal, em vizinhos e que até questionou “amiguinhas” de Yara para saber do seu paradeiro.

Ao perceber que a filha havia sumido, imediatamente, disse ter desconfiado do irmão. Isso porque ela disse ao delegado que o aplicativo Whatsapp GB, que é possível manter as mensagens que foram apagadas pelo remetente.

D.S.S.M. contou que 00h17 a filha mandou uma mensagem pedindo para ir para ao trabalho do tio no dia seguinte, que seria na quarta. Na mensagem, Yara teria dito que “se a mãe deixasse o tio a buscaria no dia de hoje após seu curso”. A mãe da menina disse que a mensagem foi apagada e essa ação levou ele a desconfiar do irmão.

Foi no trabalho dele, segundo a Polícia Civil, que ele a violentou sexualmente e a matou com uma enxadada na cabeça.

Antes de chamar a polícia, a mãe da vítima acionar a polícia procurou o patrão do irmão e questionou onde o suspeito estava. O homem ao ser questionado disse que era para José Marcos estar trabalhando no sítio.

Na sequência, ela foi para casa para conferir se a filha havia voltado, mas logo percebeu a garota ainda estava desaparecida. Depois disso, a mulher relata que José Marcos chegou e disse que estava sabendo do desaparecimento da sobrinha e que estava ali para ajudar a procurá-la.

Ao não encontrá-la, ambos foram à delegacia. Na unidade policial, um policial pediu para que José Marcos mostrasse as conversas do seu celular com Yara, mas ele disse que seu celular tinha atualizado e tinha perdido as conversas.

Chegada a Terra Nova do Norte

A mãe de Yara relatou que José Marcos morava em Cuiabá e que se mudou para Terra Nova do Norte em busca de emprego e para se livrar do vício em drogas.

Ao chegar à cidade, José Marcos morou com a irmã por quatro meses e que se mudou há duas semanas, após arrumar um emprego em um sítio.

Ela ainda acrescentou que o suspeito tinha uma “relação muito boa com todos, sendo ela (a testemunha), seu marido e filhos. A mãe de Yara disse que seus filhos “adoravam” José Marcos.

A testemunha também relatou que ninguém percebeu a vítima sendo levada de casa e a residência não possuía sinais de arrombamento.

O depoimento dela está sendo investigado pela Polícia Civil.

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