Cidades

Médico que atendeu menina de 5 anos que morreu com sinais de estupro diz que lesões eram graves; avó foi conduzida à Polícia

O caso foi descoberto na tarde de terça-feira (10), após a criança ser levada pela avó à Unidade de Pronto Atendimento.

Da redação | Rede da Notícia 

Morreu na manhã desta quarta-feira (11), no Hospital Municipal Milton Morbeck, em Barra do Garças, a menina I.S.N., de 5 anos de idade, que foi vítima de violência sexual. O caso foi descoberto na tarde de terça-feira (10), após a criança ser levada pela avó à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

De acordo com o médico Rafael Joviano, diretor técnico das unidades de saúde, a menina que tem Síndrome de Down, chegou na UPA com um quadro de convulsão febril, e foi imediatamente atendida pelo médico Valton Júnior.

“Dentro do consultório, ela apresentou uma crise convulsiva. De imediato o médico a pegou no colo e correu para a semi-intensiva”, explicou Joviano, que auxiliou no atendimento, medicando a criança para tirá-la da crise convulsiva.

Segundo Rafael, ao examinar a menina, ele percebeu que o quadro clínico extremamente grave, não era proveniente apenas de uma convulsão. “Após a medicação, ela evacuou e quando a equipe de enfermeiros foi realizar a limpeza, notaram alterações e me chamaram. Quando olhei a genitália, vi que as alterações no local eram não condizentes com a idade dela”, afirmou Rafael Joviano.

Diante da situação, a menina foi estabilizada e a pediatra do Pronto Socorro, Camila Carla, foi acionada para receber a criança, que estava com o quadro clínico considerado grave.

“Desci pessoalmente com ela para o hospital, onde a pediatra já estava aguardando. Ali permaneci por algumas horas. Junto com a Dr. Camila, fizemos a entubação e todo o procedimento necessário para tentar salvar a vida dela, porém, infelizmente devido a todas as alterações e a gravidade do quadro, ela veio a falecer”, conclui.

Foi o médico que informou o caso à Polícia Civil e acionou o Conselho Tutelar.

A notícia do falecimento da menina causou comoção e indignação, externados nas redes sociais. “Olha gente, é desumano, o que fizeram com essa criança inocente, não se pode nem chamar de ser humano, estamos todos abalados no hospital, tem que achar quem fez isso e fazer ele pagar por essa monstruosidade”, disse uma profissional de saúde por meio de uma postagem em um grupo de WhatsApp.

A avó da menina foi conduzida à Delegacia da Polícia Civil para prestar esclarecimentos.

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