Polícia

Mãe e padrasto são presos por estupro e agressão de criança: “macaca, feia”

A menina apresentou comportamento retraído e era constantemente alvo de insultos pejorativos, como "macaca" e "feia", e de comentários desdenhosos sobre sua aparência

João Aguiar | RDNews 

Uma mulher de 28 anos, identificada como F.S.M., e um homem de 38 anos, que é instrumentador cirúrgico, identificado como M.L.S.S., foram presos preventivamente nessa segunda-feira (06) por estupro de vulnerável e estupro por omissão de uma menina de 11 anos, em Sorriso (MT).

Segundo a Polícia Civil, as prisões preventivas foram decretadas pelo juízo da comarca do município após a Delegacia de Sorriso apurar os crimes praticados contra a enteada do investigado, uma criança de 11 anos. O homem foi preso em frente ao hospital onde trabalha, em Sorriso. Já a mãe da vítima trabalha em uma clínica da cidade.

A denúncia do crime chegou à Polícia Civil no final de abril e dizia que o homem estava abusando sexualmente da menor com o conhecimento e consentimento da mãe da vítima.

O Conselho Tutelar recebeu a denúncia sobre o crime sexual apontando, inclusive, que a criança sofria violência sexual e psicológica desde os oito anos de idade.

Ouvida em escuta especializada, a criança relatou os abusos praticados pelo padrasto e que contou à mãe, contudo, a mulher não acreditou na filha e ainda agrediu a criança como forma de punição.

Depoimentos de familiares maternos e paternos da criança apontaram que a mãe da menor não a deixava sozinha na presença da família por receio de que a criança revelasse os abusos e as agressões sofridas. A menina apresentou comportamento retraído e era constantemente alvo de insultos pejorativos, como “macaca” e “feia”, e de comentários desdenhosos sobre sua aparência, sendo comparada de maneira desfavorável a sua irmã, que é filha biológica dos suspeitos dos investigados.

Além das agressões físicas e psicológicas, a menina ainda era pressionada pela mãe a não relatar os abusos e a assumir a responsabilidade por questões familiares, como a ausência do padrasto caso ele fosse preso ou denunciado.

Quando a criança tinha cinco anos, a Polícia Militar em Sinop recebeu chamado para verificar uma denúncia de abandono de incapaz. Uma equipe foi ao endereço indicado e encontraram a menina sozinha e trancada dentro da residência. Ao perguntá-la sobre o paradeiro de seus pais, a criança informou que sua mãe e o marido haviam saído para um evento. O Conselho Tutelar foi acionado o e logo depois o casal chegou à residência e ambos foram conduzidos ao plantão da Polícia Civil em Sinop.

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