Cidades

Júri condena homem que matou e escondeu corpo da esposa na região do Araguaia

Cristiano Alves da Silva confessou o crime e indicou onde estava o corpo da vítima.

Liz Brunetto | MidiaNews 

O Tribunal do Júri condenou Cristiano Alves da Silva a 17 anos de prisão pela morte e ocultação de cadáver da companheira Viviane Vitória Tavarez.

O crime aconteceu em junho de 2022 no Distrito de Santo Antônio do Fontoura, em São José do Xingu.

O corpo só foi encontrado em novembro daquele mesmo ano, após Cristiano ser preso, confessar a autoria e indicar o local em que escondeu o corpo da vítima.

O Ministério Público Estadual protocolou um recurso para recorrer da sentença que, para o órgão, poderia ser maior.

Ao todo, os jurados reconheceram quatro qualificadoras, além do crime de ocultação de cadáver. Foram elas: motivo fútil, meio cruel, recurso que impossibilitou defesa da vítima e crime praticado contra pessoa do sexo feminino em situação de violência doméstica e familiar.

Segundo a sentença, do dia 29 de junho, “o acusado agiu com dolo que ultrapasse os limites da norma penal, especialmente o emprego de meio cruel”.

A futilidade foi reconhecida pelos jurados e as circunstâncias foram consideradas graves, “pois o delito foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”.

Sentença

O juiz de direito Daniel de Sousa Campos, que presidiu o Tribunal do Júri, escreveu que a sentença proferida a Cristiano considerou a presença de três circunstâncias judiciais desfavoráveis, fixando a pena-base em 18 anos de reclusão.

Foi considerado, no entanto, o atenuante pela confissão do crime, reduziu a pena a 16 anos e, depois, somado um ano pela ocultação de cadáver.

“Procedo à somatória das penas e torno a reprimenda definitivamente em 17 (dezessete) anos de reclusão e pagamento de 10 (dez) dias-multa, à razão de 1/30 do salário mínimo vigente à época dos fatos”, diz trecho do documento.

Crime

Viviane estava desaparecida desde o dia 15 de junho de 2022. Na época, seu marido foi ouvido e disse à Polícia que após uma briga deixou a esposa nas proximidades do município, onde ela poderia ter pegado carona com alguém.

Após os fatos, o suspeito tentou mudar de nome e fugiu para Goiás.

Cristiano foi preso em uma ação conjunta das polícias civis de Mato Grosso e Goiás, realizadas pelas equipes da Delegacia de Confresa, Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) e Repressão a Narcóticos de Cristalina (Genarc).

Ao ser interrogado, ele confessou o crime, dizendo que matou a companheira utilizando uma roda de carro para aplicar golpes contra a cabeça da vítima e também apontou o local em que teria escondido o corpo e os pertences.

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