Polícia

Juiz aceita denúncia e vereador de General Carneiro se torna réu por roubo de gado

Vereador segue internado em Rondonópolis; o caso ocorreu no dia 11 de setembro

Bárbara Sá | RDNews 

O juiz da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste, Roger Augusto Bim Donega, recebeu a denúncia contra o vereador por General Carneiro Magnun Vinnícius Rodrigues Alves de Araújo (PSB), flagrado roubando gado em uma fazenda em Primavera do Leste (a 234 km de Cuiabá), na madrugada do dia 11 de setembro. A decisão é desta sexta (23).

Magnun e seus comparsas, Marciano Correia Pereira e Joane dos Santos Marques, se tornaram réus por roubo, já que reagiram após serem flagrado furtando o gado e tentaram jogar uma caminhonete em cima de um funcionário da fazenda.

“Faça constar no mandado de citação que os acusados, por ocasião de sua resposta, poderão arguir preliminares, alegar tudo que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo a sua intimação, quando necessário”, diz a decisão.

Magnun encontra-se custodiado no Hospital Regional de Rondonópolis e os outros dois réus estão na Cadeia Pública do município.

O magistrado também negou pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar do vereador Magnun Vinnicios. A defesa do vereador alegou que os investigados são trabalhadores, réus primários, com bons antecedentes, além de terem residência fixa e ocupação lícita. Porém, o magistrado constatou que Magnun responde a outros processos na Justiça, incluindo pelo mesmo crime pelo que está preso atualmente.

Em outro processo, o vereador é acusado de furtar 15 cabeças de gado de uma fazenda.

“A defesa sustenta o pedido de revogação basicamente pautado em argumentos de que os investigados possuem bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito. No entanto, ressalte-se que, insociáveis predicados pessoais favoráveis ao paciente não se mostram suficientes para revogar a medida extrema de restrição da liberdade”, diz a decisão.

Além disso, o juiz enfatiza que Magnun e seus comparsas, que também tiveram pedido de relaxamento de prisão negado, agiram de maneira extremamente agressiva e premeditaram o crime, agindo na madrugada, com uso de arma de fogo e armas brancas. Por isso, o magistrado aponta que estão presentes todos os requisitos para a manutenção da prisão preventiva.

“Eis que o modus operandi dos investigados foi extremamente grave, demonstrando a alta periculosidade deles, já que praticaram os crimes durante o período noturno e, ao que tudo indica, de forma premeditada, eis que se encontravam em propriedade particular, durante a noite e em local ermo”, disse o juiz em sua decisão.

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