Polícia Civil prende homem que simulou o próprio sequestro para extorquir de familiares
Suspeito estava supostamente desaparecido desde o domingo (25), mas se escondia na casa de amigo.
Da redação | RDNews
Um homem de 37 anos foi preso nesta terça-feira (27) suspeito simular o próprio desaparecimento e sequestro para extorquir familiares dele. Um amigo do suspeito, de 31 anos, também foi preso como cúmplice.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito estava, supostamente, desaparecido desde o domingo de Natal, 25 de dezembro, quando estava na casa de um amigo e foi visto entrando em um veículo desconhecido. Familiares registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Cuiabá relatando o desaparecimento.
Posteriormente, de acordo com familiares, o rapaz entrou em contato, por meio de aplicativos de mensagem, afirmando que estaria em um cativeiro, sendo brutalmente agredido, e que criminosos exigiram a quantia de R$ 1,5 mil para que fosse libertado. Outras pessoas da família receberam áudios com um som de choro da suposta vítima.
Logo após a suposta libertação do cativeiro, o rapaz retornou a sua residência no Jardim Florianópolis. Os investigadores da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que se encontravam em diligências nas redondezas para apurar informações do desaparecimento, chegaram poucos instantes depois, e encontraram o homem sem nenhuma lesão visível, o que contradizia as agressões que teria sofrido. Ele também se contradisse ao relatar o que havia ocorrido.
Diante disso, ele acabou admitindo que forjou um suposto sequestro para obter dinheiro de seus familiares e que durante todo o tempo estava na residência de seu amigo, que tinha conhecimento dos fatos e o auxiliara a se esconder. Inclusive, quando a equipe policial esteve na residência para apurar o que havia ocorrido, ele disse que se escondeu no banheiro da casa. O amigo ainda afirmou aos policiais que a “vítima” foi até casa dele, deixou uma motocicleta e teria saído em um veículo branco.
O falso desaparecido e o amigo foram conduzidos à sede da GCCO e autuados em flagrante pelo crime de extorsão, sem arbitramento de fiança. Após o procedimento, ambos foram colocados à disposição do Judiciário, devendo ser submetidos à audiência de custódia em data a ser determinada.