Filho é suspeito de matar o pai por causa de briga por herança em Montes Claros de Goiás
Foragido, jovem queria vender uma fazenda do idoso, que não aceitava o negócio, segundo a polícia. Vítima, de 72 anos, foi agredida e, depois, amarrada com cordas junto com pedras e jogada em um rio.
Vitor Santana, G1 GO
Um jovem de 22 anos é suspeito de matar o pai, de 72, devido a uma briga pela herança, em Montes Claros de Goiás, região oeste do estado. Segundo a polícia, ele contratou outras três pessoas para ajudar no crime. O filho está foragido e os demais, presos. O corpo da vítima estava amarrado e foi encontrado em um rio.
José Aparecido Diogo desapareceu em 18 de setembro do ano passado. O carro dele foi levado. O filho, Frank Dias Diogo, não registrou o desaparecimento do pai e apresentava versões desconexas sobre o sumiço do idoso. Isso chamou a atenção da polícia, que, inicialmente, investigava o caso como latrocínio.
Durante as investigações, o corpo de José foi encontrado em um rio a 40 km da cidade, amarrado com cordas e preso com algumas pedras. “Ele foi agredido com uma paulada na cabeça e sofreu outras lesões. Mas o laudo apontou que ele ainda estava vivo quando foi jogado no rio. A causa da morte foi o afogamento”, disse o delegado Ramon Queiroz.
O delegado explicou que Frank contratou três pessoas para ajudar a cometer o crime. Um deles era o peão da fazenda, Alvino de Moraes. Já os outros dois, Gabriel Gomes Dalberto e João Paulo Batista Alves, eram donos de um lava a jato. O delegado informou que os dois últimos confessaram o crime.
O G1 não conseguiu localizar a defesa dos investigados até a última atualização dessa reportagem.
“O Frank tinha pedido uma das fazendas para o pai, e ele deu. Só que o filho queria vender a propriedade, mas o José não permitiu, o que iniciou essa briga. O Frank chamou os outros três suspeitos e atraiu o pai para a emboscada”, explicou o delegado.
De acordo com a polícia, em seguida, Gabriel e João Paulo foram os responsáveis por jogar o corpo no rio. Os três presos foram localizados no início de janeiro e já estão no presídio.
Eles vão responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O filho vai responder pelos mesmos crimes, além de fraude processual, por ter dado informações falsas durante a investigação.