Cidades

Concurso público suspenso em GO: secretário responsável pela organização acertou quase 90% da prova

Concurso foi suspenso após o secretário responsável pela organização ser aprovado em 1º lugar. Prefeitura de Nazário afirma que não foi intimada sobre a decisão da Justiça.

Augusto Sobrinho, g1 Goiás

O secretário Elvis Denes Ferreira, aprovado em primeiro lugar no concurso em que ele mesmo foi responsável pela organização, acertou 88% da prova. O concurso público de Nazário, no oeste goiano, foi suspenso após um ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).

A Prefeitura de Nazário informou que não foi intimada sobre a decisão da Justiça. A banca ITEC, organizadora do concurso, afirmou que as provas foram aplicadas dentro dos critérios de moralidade e impessoalidade. O g1 não localizou a defesa de Elvis até a última atualização desta reportagem.

Conforme o edital, para o cargo de escriturário, a nota seria divida em 20 pontos para questões de Língua Portuguesa com peso 2, 20 para Conhecimentos Gerais, Atualidades e Informática básica com peso 2 e, por fim, 60 pontos para Legislação e Conhecimentos Específicos do Cargo com peso 6.

No resultado divulgado pela Prefeitura, Elvis fez 20 pontos em Língua Portuguesa, 40 pontos em Conhecimentos Gerais e 28 pontos em Conhecimentos Específicos. Com um total de 88% de acertos, o secretário foi aprovado e classificado em primeiro lugar, com salário de R$ 1.653,32.

O concurso

As provas para o preenchimento de vagas no quadro de cargos efetivos do Poder Executivo de Nazário foram aplicadas no dia 14 de janeiro deste ano e, no dia 30 do mesmo mês, foi publicado o resultado preliminar da prova objetiva. Ainda não houve a respectiva homologação.

Segundo a ação do MP-GO detalhada na decisão, o fato “causou surpresa aos candidatos e resultou em inúmeras denúncias perante o órgão ministerial”. A ação pediu a anulação do concurso. No entanto, a juíza decidiu por suspendê-lo para evitar prejuízos ao município e aos candidatos.

O pedido foi feito em caráter de urgência porque, segundo a juíza, “o risco que a homologação do resultado do certame pode causar no que tange ao patrimônio público e aos candidatos possivelmente prejudicados”.

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