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Bandeira vermelha e tempo seco em MT deixarão conta de energia mais cara

Aneel mantém bandeira que representa cobrança adicional de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos

Ana Flávia Corrêa/RDNews

Tempo seco e temperaturas altas, tradicionais em Mato Grosso nos meses de agosto e setembro, podem ocasionar o aumento no consumo de energia no estado. Com isso, conta de energia deve ficar ainda mais cara, já que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta (27) a manutenção da bandeira vermelha 2 em decorrência da crise hídrica.

Bandeira vermelha 2 representa uma cobrança adicional de R$ 9,492 para cada 100 kWh consumido. Taxa é a mais cara entre as tarifas extras. Adição é necessária em momento em que os principais reservatórios de água do país estão em nível crítico devido à falta de chuvas, na considerada maior estiagem no Brasil nos últimos 91 anos.

Como agravante, Cuiabá registrou nessa semana 41°C por dois dias consecutivos, recorde de calor em 2021, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Previsão é de que as máximas continuem altas, assim como o tempo seco em Mato Grosso. Em agosto, setembro e outubro, temperaturas devem ficar até 1,5 grau acima da média para o período.

De acordo com especialistas da Energisa, uma família que continua usando o mesmo equipamento pela mesma quantidade de horas em dias amenos e quentes, pode ter impacto nas contas de até 78% no mês, principalmente com o uso em excesso de aparelhos como ventilador, ar-condicionado e umidificador.

“Em um dia em que a temperatura esteja em 25° celsius, com poucos minutos de funcionamento a plena carga, o aparelho de ar-condicionado baixará a temperatura para os 23° celsius pretendidos. Mas se o ambiente estiver muito mais quente, como 30° celsius, o aparelho terá que operar a plena carga por muito mais tempo para baixar e manter a temperatura no nível desejado. Ou seja, maior impacto na conta de luz”, explicou a o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales.

Mais aumento

Nos últimos dias, houve forte debate entre ministérios sobre possível novo aumento da energia. Autoridades e técnicos ligados ao setor elétrico defendem aumento da bandeira vermelha 2 para cifra acima de R$ 20 — com aumento de cerca de 150% — mas por um período curto de cerca de três meses. Já a equipe econômica prefere um reajuste menor da bandeira — próximo de 50%, para valor perto de R$ 15 — por vários meses.

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