Após dois meses foragido, dono da Verde Transporte é preso ao se entregar à Justiça
Eder Pinheiro se apresentou à Polinter (Serviço de Polícia Interestadual), em Cuiabá nesse domingo.
João Aguiar/Repórter MT
O proprietário da empresa Verde Transportes, Éder Pinheiro, se entregou à Polinter (Serviço de Polícia Interestadual), em Cuiabá, nesse domingo (25). Ele estava foragido da Justiça há dois meses.
Éder tinha ordem de prisão expedida pela Justiça de Mato Grosso desde o dia 14 de maio, quando foi deflagrada a 3ª fase da Operação Rota Final.
O nome do empresário foi incluído no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Ainda na tarde deste domingo, o empresário irá passar por audiência de custódia no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Caso a prisão seja mantida, ele deve ser encaminhado a uma cela especial no Centro de Custódia da Capital (CCC), pois, possui ensino superior.
No último dia 13 de julho, a defesa de Éder Pinheiro tentou reverter à ordem de prisão decretada contra ele pela 5ª vez. O recurso foi protocolado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O pedido foi analisado pelo ministro Humberto Martins. Em sua decisão, o magistrado alegou que “descabe examinar, em plantão judiciário, pedido de reconsideração, que poderá ser apresentado, após o término do recesso forense, ao próprio ministro a quem compete a relatoria do feito, caso queira o peticionário”.
Em um recurso protocolado em junho, a defesa de Éder chegou a alegar o risco de contaminação com a covid-19 para tentar reverter à ordem de prisão. No entanto, o ministro Olindo de Menezes rejeitou o argumento.
A terceira fase da Operação Rota Final foi deflagrada no dia 14 de maio pelo Ministério Público de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
A operação apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT) promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager) gestão do ex-governador Silval Barbosa.
A investigação, iniciada na Polícia Civil, foi encaminhada Gaeco em meados de 2019.