Associados da Campileite querem Assembleia Geral para remover Jeovan da presidência
Por conta da cassação sofrida pelo atual presidente, enquanto prefeito de Campinápolis, lei federal prevê inelegibilidade.
João Pedro Donadel | Semana7
A tensão entre os produtores de leite do Araguaia e o presidente da Campileite, Jeovan Faria, ganhou um novo capítulo nesse último final de semana.
Por meio de liminar, Faria conseguiu suspender a Assembleia Geral Extraordinária que havia sido marcada para o domingo (6).
Sua defesa se baseou na ausência de pedido expresso para a realização da assembleia em requerimento, verificando-se inobservância quanto ao estatuto da Cooperativa.
Contudo, o advogado representante dos produtores, Marcelo Batista de Faria acredita que a manobra feita por Jeovan foi uma tentativa de intimidar os associados.
Marcelo reiterou que os produtores já iniciaram novo trâmite para convocação de uma assembleia da Campileite. Caso tenham êxito, é esperado que os associados votem pela remoção de Jeovan do cargo de presidente da Cooperativa.
A principal justificativa para tirar o atual presidente, segundo o advogado dos associados, seria baseado no artigo 51 da Lei federal do Cooperativismo n. 5.764/71, que prevê inelegibilidade aos condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos.
“Por conta desta inelegibilidade, os associados temem que as decisões enquanto Jeovan é presidente possam ser revogadas”, informou
Jeovan Faria sofreu cassação de seu mandato como prefeito de Campinápolis em 2017, acusado de abuso de poder político e violação do princípio da isonomia do processo eleitoral.
O Semana7 questionou o presidente da Campileite quanto à justificativa apresentada pelos associados. Para ele, a fundamentação não tem sentido algum, tendo em vista que o processo ainda está em andamento em segunda instância em Cuiabá.
“Além disso, a atual diretoria foi devidamente registrada na Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat)”, finalizou.