Sintep-MT define por não retornar aulas presenciais e fixa indicativo de greve – leia
Categoria diz que só volta às escolas com vacinação dos profissionais da Educação contra Covid em 2 doses.
Redação/RDNews
O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), em plataforma virtual, definiu, na noite desta sexta (21) pela continuidade das aulas remotas, em home office, na rede estadual de ensino com possibilidade de greve devido à situação da pandemia da Covid-19 no Estado. A entidade “rechaça” a portaria do Governo que prevê plantões online e o retorno de todos os servidores da Educação às escolas.
A aulas da rede pública estadual estão previstas para retornar no dia 7 de junho de forma híbrida, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
“Nas unidades escolares, assessorias pedagógicas, Casies, CEFAPRO e Diretorias Regionais fica estabelecido o retorno de regime de trabalho presencial em 100% do efetivo de servidores”, diz portaria.
Os trabalhadores definiram, porém que não retornarão às aulas presenciais sem vacina contra Covid-19 e completa imunização dos profissionais, com as duas doses. A categoria deliberou por nova Assembleia Geral em 31 de maio, se necessário, com deflagração de paralisação, caso o governo mantenha o calendário de volta às atividades presenciais.
No total, são 31 mil servidores, 380 mil alunos espalhados em 731 escolas no Estado.
Neste momento, a maioria da categoria se posicionou pela continuidade das atividades remotas, com mobilizações de esclarecimento, antes de possível Assembleia Geral, dia 31
O Conselho de Representantes está marcado para os dias 5 e 6 de junho, em que avaliarão as ações, mobilizações e deliberações nos municípios, e Assembleia Geral para dia 7.
“O posicionamento dos educadores para permanência das atividades remotas foi reafirmado diante do quadro de contaminação e mortes pela Covid-19 nas diferentes regiões do estado. A falta de infraestrutura, e até mesmo Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) foram reafirmados, desmentindo as propagandas do governo. “Álcool gel e máscara não são suficientes”, destacaram.
Terceira onda
A volta às atividades presenciais nas escolas de professores e estudantes foi contestada de forma geral, e foi reafirmada necessária, a partir dos dados da própria Secretaria de Saúde do Estado, e com aval do secretário de estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, quando destacou na mídia, que o estado está diante de uma terceira onda da Covid-19, devido ao aumento do contágio, novas cepas, e da maior circulação de pessoas.
Os profissionais lembraram que não pararam de trabalhar na modalidade online. Destacaram a falta de condições das escolas, citaram falta de água em várias unidades, problemas de equipamentos danificados (caixa d’água, pias nos banheiros). Segundo afirmaram, a situação é inviável diante da pandemia e ainda pior para receber estudantes, diante dessas condições.
O presidente reafirmou que os trabalhadores da educação não devem ir para as escolas, pois não é um ambiente seguro, e todos estarão sujeitos a se contaminarem. “Nossa orientação é pelo trabalho remoto, em casa, e que as escolas se mantenham fechadas. Contamos com a mobilização de cada um e cada uma na defesa da vida”, reafirmou o presidente do Sintep-MT, Valdeir.
Segundo levantamento do Governo estadual, foram registrados até agora 2.987 casos suspeitos de Covid entre profissionais da área, sendo 2.902 confirmados. As mortes somam 72.
O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou nesta semana que professores e servidores de escolas públicas serão todos vacinados contra Covid após a finalização do grupo da Segurança.