Cidades

Servidores da UFMT param nesta 4ª e cobram reposição salarial de 20%

Atos ocorrem em todo o país; em Cuiabá concentração será na UFMT e na Praça Alencastro.

Vinicius Mendes | RDNews

O Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (Sintuf-MT) anunciou que irá aderir à paralisação nacional que deve ocorrer nesta quarta (16), em reivindicação por uma agenda com o Governo Federal para que obtenham recomposição salarial de 19,99%. A paralisação deve durar até o dia 23, quando inicia a greve.

Segundo a coordenadora geral do Sintuf, Luzia Melo, o Governo terá estes sete dias para que dê alguma resposta, antes do início da greve. Luzia afirmou que no último dia 18 de janeiro foi entregue ao Governo Federal a última pauta do funcionalismo público, com as demandas. Ao fim desta semana serão dois que os servidores estão sendo ignorados.

“Não é de hoje, não é nem deste governo que estamos tentando uma agenda de negociação. Com o último governo ainda conseguimos uma agenda, mas não desenvolveu as negociações, e o que encontramos com este governo foi o descaso total. Do dia que este governo assumiu até hoje, todos os meses as entidades entregam ofício solicitando uma agenda com o Governo, e ele simplesmente nos ignora, então isso foi o estopim para o servidor público”, disse a coordenadora geral do Sintuf.

A greve já estava prevista há alguns anos, desde a última plenária unificada dos servidores públicos federais. No entanto, a pandemia acabou atrasando o andamento. Segundo Luzia existem eixos nacionais e locais.

“O nosso eixo principal é a recomposição salarial, mas os outros eixos são: a revogação da EC 95, que fala do teto de gastos, que infelizmente só atinge as áreas que mais precisam de investimento, que é Saúde e Educação; enterrar de vez a PEC 32, que sabemos o mau que esta PEC vai trazer, não só para as instituições públicas, para as universidades, mas principalmente para nós servidores públicos”.

Entre os eixos da pauta local estão o retorno da jornada contínua, retorno gradual e seguro dos servidores, fim do assédio moral na UFMT e mais segurança dentro do campus, já que os servidores temem assaltos.

Os atos ocorrem nesta quarta (16) por todo o país e em Cuiabá a concentração será às 13h em frente à reitoria da UFMT. Às 16h ocorrerá um ato no centro de Cuiabá, na Praça Alencastro. Luzia reforçou que não pedem aumento, mas sim recomposição salarial, já que estão com perda inflacionária desde 2011, que ultrapassa os 49%.

“Dia 23 é o indicativo de greve, se o Governo não chamar as entidades para negociar, para abrir uma agenda de negociação, o serviço público do Brasil vai parar. Nós precisamos estar aliados a esta luta nacional […] Queremos a recomposição salarial somente das perdas no governo Bolsonaro, que hoje se soma a 19,99%”, afirmou.

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