Polícia

Secretaria de Segurança Pública projeta novas operações contra facções no estado: patrimônio na mira

Secretário cita ações exitosas já feitas neste ano; pasta quer atacar pilar de sustentação do "poder paralelo".

Gabriel Rodrigues e Thaís Fávaro

A Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp-MT) projeta a deflagração de novas operações, ainda neste ano, contra as facções criminosas atuantes no estado, tendo como estratégia principal mirar o setor financeiro e patrimonial dessas organizações, que funciona como pilar de sustentação do “poder paralelo”. Segundo o titular da Sesp, coronel PM Cesar Roveri, a sociedade não deve ter dúvidas de que a Polícia está mirando as organizações criminosas no estado.

“Temos operações quase que semanais. Mato Grosso pode esperar esse resultado, nosso esforço, esforço de todas as instituições da Segurança Pública do Estado, essa dedicação da nossa parte em bem cumprir, bem atender e defender a população de Mato Grosso”, disse ele, na segunda-feira (20).

Como exemplo mais recente, Roveri citou a Operação Follow The Money, que cumpriu 136 ordens judiciais contra investigados envolvidos em lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas em Sinop (a 500 km de Cuiabá), no mês de março. A operação chegou a fechar uma farmácia em Cuiabá, durante o desdobramento, além de resultar no bloqueio de contas e sequestro de bens dos investigados.

“O principal da nossa estratégia é o sequestro de bens e atacar o patrimônio das organizações criminosas, onde poderemos ter os melhores resultados. Tivemos uma operação que iniciou em Sinop, e no mesmo dia conseguimos identificar uma farmácia aqui na Capital que servia de lavagem de dinheiro e acabou sendo fechada pela polícia”, argumentou.

Segundo o secretário, o setor de inteligência tem atuado de maneira exitosa na identificação, rastreio e anexação de lastro probatório para enriquecer os pedidos de busca e apreensão e de prisão, ou seja, não dando margem para revogação de eventuais prisões.

“Nós temos um trabalho já desenvolvido desde o início de 2023, um trabalho de investigação profunda. Isso está dando resultado maior em 2024 porque são investigações que precisam ter robustez e provas suficientes para que a Justiça conceda os mandados de prisão e de busca e apreensão”, frisou.

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