Cidades

Réu por mortes, filho de ex-deputado é transferido da PCE para Mata Grande

Juiz atendeu a pedido da defesa; Carlinho Bezerra está preso pelos assassinatos da ex e do namorado dela.

Bárbara Sá e Beatriz Passos | RDNews 

O juiz Geraldo Fidélis Neto, da 2ª Vara de Execuções Penais, determinou a transferência de Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 57 anos, da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, para a Penitenciária Major Eldo de Sá, conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis (MT).  A decisão é do dia 27 janeiro.

Filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB), “Carlinhos” é réu pelas mortes da ex-namorada Thays Machado, 44 anos, e do namorado dela, Willian César Machado, 40. O crime ocorreu no bairro Consil, em Cuiabá, no dia 18 de janeiro. Thays e William foram assassinados a tiros, em plena luz do dia.

A determinação judicial atende ao pedido da defesa de Carlinhos, feita pelo advogado Francisco Faiad, que apontou ausência de cela especial em Cuiabá, um direito do réu por ter ensino superior completo. No pedido, Faiad destacou que Carlos Alberto encontrava-se preso em um raio da PCE onde estão segregados líderes de facções locais, o que colocaria em risco a sua integridade.

“Considerando o histórico de atuação política de sua família em Mato Grosso, certamente que manifesta a vulnerabilidade da sua convivência com esses presos, razão pela qual a permanência nesse estabelecimento prisional é temerária”, destacou Faiad.

Diante da existência de cela especial vaga na penitenciária de Rondonópolis, foi autorizada a sua transferência.

Feminicídio e homicídio

Nessa quinta-feira (2), a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, tornou Carlos Alberto réu pelos crimes de feminicídio qualificado contra a ex-companheira Thays Machado e homicídio qualificado contra o namorado dela, William Moreno.

A decisão aceitou o pedido Ministério Público Estadual e deu prazo de 10 dias para que o suspeito respondesse às denúncias. A magistrada aceitou também o pedido de arquivamento proposto pelo Ministério Público do crime de perseguição, uma vez que a vítima não sabia que o réu vinha monitorando ela, minuto a minuto.

Carlinhos cumpre prisão preventiva e foi detido em flagrante ainda na noite do dia do crime, em Campo Verde (MT). Ele foi encontrado na fazenda da família no município.

Durante as investigações do inquérito Policial, foi constatado que Carlos tinha 71 “prints” de GPS de locais que Thays visitava com frequência, o que apontou para a hipótese de que o crime teria sido premeditado.

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