Promotor pede pela retirada de outdoor com imagem de Jair Bolsonaro, em Canarana
Várias pessoas participaram de uma manifestação em apoio a permanência do outdoor. De acordo com informações, a peça publicitária só será removida por determinação judicial.
O promotor Matheus Pavão de Oliveira entrará com representação na Justiça, para solicitar a retirada de um outdoor com a imagens do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, que foi instalado na entrada de Canarana. A afirmação é do presidente do Sindicato Rural do município, Alex Wisch.
A peça publicitária exibe, além da foto do presidente, as seguintes siglas: “Canarana, capital nacional do gergelim. Por Deus, por nossas famílias, por quem produz.”
Ao site O Âncora, o presidente do Sindicato Rural de Canarana informou que o outdoor foi instalado ao meio-dia desta segunda-feira (26/), com recursos doados por comerciantes, fazendeiros, moradores e até caminhoneiros.
Cinco horas depois da instalação, por volta das 17 horas, Alex Wisch recebeu uma ligação do Ministério Público, mas acabou perdendo, já que o celular estava no silencioso. Às 18 uma nova chamada, e um representante do MP que pediu pela retirada da peça publicitária.
“[…] me ligaram ontem e mandaram que retirasse, sobre a pena de crime eleitoral. Com multa e até processo por crime eleitoral por campanha antecipada. A ordem era, ou retira, ou então vai caber multa, e até mesmo um processo por crime eleitoral”, afirmou o presidente do sindicato.
Após a ligação, Alex Wisch buscou consultar vários advogados e, segundo ele, todos informaram que não viram crime algum na peça publicitária.
“Simplesmente é uma livre e espontânea […] apresentação de apoio. Estão massacrando o presidente aí e nós estamos apoiando ele”, disse Alex.
Na manhã desta terça-feira (27), cerca de 100 pessoas participaram de uma manifestação no local onde o outdoor está instalado, de acordo com informações, a publicidade só será retirada por determinação judicial.
Por um aplicativo de mensagens a equipe de reportagem entrou em contato com o promotor, mas, até o fechamento desta matéria, não tivemos resposta.
Por Jozean Benício, O Âncora MT