A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou o Projeto de Lei 891/2019, de autoria da deputada estadual Professora Bebel (PT), que Institui o Programa Estadual de Alimentação Escolar no âmbito das unidades de educação básica da rede pública estadual de ensino. Bebel, que também é presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), destaca que o projeto visa garantir aos estudantes das escolas estaduais alimentação saudável, para melhorar a aprendizagem, garantir o direito à saúde, combater a desnutrição e a obesidade infantil, por meio do estabelecimento de uma política para a alimentação escolar na rede estadual de ensino de São Paulo, como política de Estado, que não seja alterada de acordo com os humores dos governantes.
De acordo com a deputada, o Programa tem como perspectiva reduzir o percentual de alimentos ultraprocessados e ampliar a participação da agricultura familiar, dos produtos de transição agroecológica e dos orgânicos na constituição da merenda escolar na rede estadual de ensino.
Para a deputada Professora Bebel, a questão da alimentação escolar tem interface com o projeto pedagógico, por meio do desenvolvimento de hortas nas escolas – onde as crianças podem aprender os princípios da agricultura orgânica e conteúdos desenvolvidos nas disciplinas curriculares e projetos especiais. “A alimentação, além de direito social assegurado na Constituição Federal, é fator fundamental para a garantia do direito à Educação e também para que se garanta o direito à Saúde. Uma alimentação escolar adequada e a promoção de hábitos alimentares saudáveis são essenciais para a melhoria da aprendizagem das crianças e jovens. Daí a grande importância da aprovação deste projeto” diz a Professora Bebel.
Bebel ressalta ainda que está entre os objetivos do projeto estabelecer uma política para a alimentação escolar na rede estadual de ensino de São Paulo, como política de Estado, que não seja alterada de acordo com os humores dos governantes. “Tem como perspectiva reduzir o percentual de alimentos ultraprocessados e ampliar a participação da agricultura familiar, dos produtos de transição agroecológica e dos orgânicos na constituição da merenda escolar na rede estadual de ensino”, diz a deputada Bebel.
A deputada destaca que entre os objetivos do projeto estão ainda assegurar o pleno cumprimento do direito humano à alimentação adequada e saudável, assim como elevar o direito humano à alimentação adequada e saudável como elemento indispensável à garantia do direito à educação em todas as suas interfaces, inclusive como manifestação social, cultural, étnica e regional da população brasileira, para além do caráter nutricional, além de estimular a intersetorialidade com as políticas públicas de garantia do direito à Saúde no tocante à promoção de hábitos alimentares adequados às crianças e adolescentes do Estado de São Paulo. Reconhecer a centralidade da escola como espaço propício à formação de hábitos saudáveis e construção da cidadania, assim como fortalecer os espaços de participação e gestão democrática da Educação relativamente à alimentação escolar são algumas das finalidades do projeto que restringe a oferta de alimentos ultraprocessados nas escolas e determina que no mínimo 30% dos recursos financeiros destinados ao Programa Estadual de Alimentação Escolar seja direcionados para a aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou suas organizações, nos termos da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. “O nosso projeto estabelece uma interface entre a alimentação escolar e o projeto pedagógico, por meio do desenvolvimento de hortas nas escolas – onde as crianças podem aprender os princípios da agricultura orgânica e conteúdos desenvolvidos nas disciplinas curriculares e projetos especiais”, diz a Deputada.
Para a deputada Professora Bebel, a alimentação, além de direito social assegurado na Constituição Federal, é fator fundamental para a garantia do direito à Educação e também para que se garanta o direito à Saúde. Uma alimentação escolar adequada e a promoção de hábitos alimentares saudáveis são essenciais para a melhoria da aprendizagem das crianças e jovens. Daí a grande importância da aprovação deste projeto. “Além disso, a aprovação do projeto se dá num momento particularmente grave, quando o nosso país, lamentavelmente, volta a figurar no mapa da fome da ONU. Desta forma, ao focar nas crianças e adolescentes, ele se volta para um segmento muito importante, que precisa ser atendido nesta conjuntura”, completa a Professora Bebel.