Polícia Civil prende empresário suspeito de estupro de vulnerável de indígena de 13 anos em Aragarças
O caso ganhou repercussão no dia 16 de agosto, quando policiais militares abordaram o empresário, que viajava na companhia da menor.

Da redação | Rede da Notícia
Um empresário de 57 anos foi preso preventivamente nesta quarta-feira (24), em Aragarças, durante a Operação “Dabasa”, deflagrada pela Polícia Civil, para investigar um crime de estupro de vulnerável de uma adolescente indígena de 13 anos de idade.
O caso ganhou repercussão no dia 16 de agosto, quando policiais militares abordaram o empresário, que viajava na companhia da menor, com destino à cidade de Iporá (GO).
Indagado, ele respondeu que a jovem era sua esposa, com quem já convivia há cerca de um ano, no setor Bela Vista.
A adolescente pertencente à etnia Xavante, de uma aldeia localizada no município de Barra do Garças (MT), confirmou a versão e explicou que havia sido prometida em casamento e entregue ao acusado pela família, quando completou 12 anos, e esclareceu que a última relação sexual entre eles havia ocorrido, três dias antes da abordagem.
O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar a vítima, e o suspeito foi conduzido à Delegacia, porém, a autoridade policial plantonista entendeu que não havia situação de flagrante, uma vez que o crime de estupro é um delito instantâneo e não permanente, mas recomendou a instauração de inquérito policial, para a devida apuração dos fatos.
O pai da adolescente foi ouvido e confirmou as informações preliminares, afirmando que conhecia o empresário, para quem prometeu entregar a filha quando ela completasse 12 anos, circunstância normal e cultural em sua tribo.
Ele ainda mencionou que a união foi autorizada pelo cacique, e informou que o investigado auxilia financeiramente toda a família, dando dinheiro e realizando aquisição de mantimentos e remédios.
Diante dos fatos, o delegado Fábio Marques, titular da Delegacia de Aragarças, que passou a presidir as investigações, representou pela prisão preventiva do suspeito, que foi autorizada pelo juízo criminal da Comarca, com manifestação favorável do Ministério Público.
Após ter sido preso e interrogado, o homem que estava acompanhado do seu advogado, permaneceu em silêncio, argumentando que se manifestará apenas em juízo.
Depois de ser submetido ao exame clínico cautelar, ele foi encaminhado para a unidade prisional do município, onde aguardará a audiência de custódia.
Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam, pois além do crime de estupro de vulnerável, é possível a existência de outras infrações criminais, como tráfico de pessoas ou do favorecimento à prostituição, ou de outra forma de exploração sexual de crianças e adolescentes.
O Operação recebeu o nome de “Dabasa”, que na língua Xavante significa “dote”.