Polícia Civil prende 19 estudantes de medicina suspeitos de entrarem no curso com documentos falsos em GO e na BA
Segundo delegado, alunos usaram documentos falsificados para entrar na Universidade de Rio Verde por meio de transferência externa. Foram cumpridos mandados em Goianésia, Formosa e Barreiras (BA).

Rafael Oliveira, g1 Goiás
A Polícia Civil prendeu estudantes de medicina suspeitos de entrarem no curso com históricos escolares falsos no processo de transfência externa, ou seja, entre faculdades, para a Universidade de Rio Verde. Foram 17 presos em Goianésia, um em Formosa e um em Barreiras, na Bahia.
A Universidade de Rio Verde (UniRV) disse em nota que identificou fortes evidências de fraude documental praticada por alguns dos candidatos no processo de transferência externa. A instituição explicou que as faculdades de origem dos alunos confirmaram as fraudes.
Segundo a investigação, que durou cinco meses, quatro estudantes são da mesma família, sendo uma mulher, seus dois filhos e seu irmão. Quatro casais (marido e mulher) também estão envolvidos.
Segundo o delegado Danilo Fabiano, que investigou os casos de transferências, foram falsificados documentos de oito instituições de medicina no país, as quais confirmaram as irregularidades à polícia.
Todos os suspeitos conseguiram vagas em processos seletivos de transferência externa nos períodos finais do curso. O delegado explicou que alguns alunos já estavam na fase internato, ou seja, atendendo à comunidade na prestação pública de serviço médico de emergência.
“Grande parte era de alunos da UniRV, que denunciou as fraudes à Polícia Civil. O mandado cumprido na Bahia se refere a uma pessoa que já estava em outra faculdade, mas ela tinha apresentado documento falso em Goiás”, explicou o delegado.
Parte dos alunos investigados conseguiram bolsas de estudos pagas pelos cofres públicos. O delegado apurou que eles agiram em conjunto para fraudar os documentos.
A Polícia Civil informou que os estudantes podem responder por falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida de outras pessoas. Os suspeitos que receberam a bolsa de estudo ainda podem devolver o valor pago pelo governo.