Cidades

PMs que morreram afogados durante perseguição eram pais e profissionais dedicados, diz comandante

Militares eram casados e tinham filhos. O tenente-coronel Alessandro Arantes diz que a morte dos policiais deixa um vazio.

Augusto Sobrinho e Michel Gomes, g1 Goiás

Pais e profissionais dedicados, é assim que o tenente-coronel Alessandro Arantes descreve os policiais militares que morreram afogados durante uma perseguição, em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal. O cabo Wenderson André da Silva Alves, de 31 anos, e o soldado Pedro Felipe Moreira da Nóbrega, de 33, morreram quando procuravam por um foragido.

“Eles estavam na Polícia Militar (PM) há seis anos e os dois eram policiais extremamente dedicados”, destaca Arantes.

Wenderson e Pedro atuavam na 32ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Segundo relato da PM, viram o foragido na margem de um rio fugindo e, ao perceber a chegada dos policiais, fugiu para o mato. Para capturá-lo, os policiais tentaram atravessar o rio nadando, porém, após cerca de 15 metros, Wenderson cansou e, na tentativa de ajudá-lo, Pedro também se afogou.

Pais dedicados

Os dois policiais eram casados. O Pedro tinha uma filha de um 1 ano e 8 meses e Wenderson tinha um casal de enteados de 8 e 7 anos. “Eles eram pais de família, pais dedicados e vão fazer muita falta”, lamenta Arantes. Para o tenente-coronel, a morte dos dois policiais deixa um vazio na corporação, nas famílias deles e nos amigos. “Foram policiais diferenciados”, alega.

Profissionais exemplares

Arantes lembra que os colegas de profissão sempre cumpriram as missões que atuavam na corporação. “Eles iniciavam pela manhã, faziam educação física e saiam para o patrulhamento. Eles cumpriam as ordens e operações diárias”, conta. O tenente-coronel ainda detalha que os dois atendiam ocorrências que chegavam pelo 190, denúncias anônimas e da Central de Inteligência.

“O comportamento dos dois era classificado como ótimo na ficha institucional”, destaca.

Segundo o tenente-coronel, Wenderson e Pedro tinham mais de 40 elogios de ocorrências operacionais. “Eles participaram de muitas ocorrências de apreensão, tráfico de drogas e foragidos da justiça com alta periculosidade. São inúmeras ocorrências que eles participaram. Arantes também é Comandante Regional do Entorno Sul e, nesse cargo, também avalia o trabalho deles.

“São policiais militares excepcionais, dedicaram a vida deles ao trabalho e gostavam do que faziam”, disse.

Por fim, Arantes lamenta a morte dos colegas e diz que eles farão falta para a corporação. “São policiais que, realmente, vão desfalcar a nossa equipe. Eles vão fazer muita falta profissionalmente, como pais de famílias e como amigos. Foram policiais diferenciados tanto na vida profissional quanto na pessoal”, finalizou. Em nota, a Polícia Militar se solidarizou com a morte dos militares.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo