Polícia

PF deflagra operação e prende ex-secretário de Saúde de Cuiabá

São cumpridos dois mandados de prisão na Capital e um em Curitiba.

Bárbara Sá | RDNews

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta (28), a operação Cupincha, 2ª fase da Curare e prende o ex-secretário de Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues, que também é ex-diretor-geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. E o sócio dele Paulo Roberto de Souza Jamur, que foi preso em Curitiba.

São cumpridos dois mandados de prisão na Capital e um em Curitiba. Também há  13 ordens de busca e apreensão,sendo uma delas na Hipermed, além de sequestro de bens, direitos e valores. Em julho ele foi alvo da Operação Curare, quando foi determinado o seu afastamento. Depois, ele foi exonerado pela Prefeitura de Cuiabá.

Ação realiza diligências investigativas ostensivas, bem como de identificação e de constrição patrimonial, em decorrência de atos de corrupção e lavagem de capitais, envolvendo o desvio de recursos públicos destinados à saúde.

Se apurou na primeira fase da Operação Curare que um grupo empresarial, que fornece serviços à secretaria municipal de Saúde do Município de Cuiabá recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões. E, segundo a PF, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários.

Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de Contratos Administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.

O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado.

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