Cidades

Laudo diz que homem que arrancou coração da tia é apto para receber alta

No seu julgamento, ele foi absolvido por ser considerado inimputável, devido ao seu laudo de instabilidade mental.

João Aguiar | RDNews 

Um relatório médico garante que Lumar Costa da Silva, acusado de matar e arrancar o coração da tia Maria Zélia da Silva, 55 anos, em Sorriso, (MT), está apto para receber alta hospitalar. Ele está internado há 8 meses após um documento entregue à Justiça apontar que ele tem transtorno afetivo bipolar.

Lumar foi julgado por matar a facadas e arrancar o coração da própria tia. O crime aconteceu em julho de 2019. Após esfaquear a tia, Lumar começou abrir o tórax dela ainda viva, arrancou o coração e foi a casa da prima, filha da vítima, para levar o órgão arrancado. No seu julgamento, ele foi absolvido por ser considerado inimputável, devido ao seu laudo de instabilidade mental.

O relatório, feito pela equipe multiprofissional do Centro Integrado de Atenção Psicossocial à Saúde Adauto Botelho (Ciaps), atestou que Lumar está “apto para alta hospitalar, não necessitando de cuidados intensivos por 24 horas e deve continuar o tratamento em modalidade ambulatorial com um Centro de Assistência Psicossocial (Caps) de seu município”.

Ainda conforme o documento, Lumar teria ampliado sua percepção crítica e percebeu que precisa de tratamento ao longo da vida.  “Considera-se ainda que, após esse período de internação, o paciente ampliou sua percepção crítica em relação aos seus conteúdos psicológicos e reconhece que necessita de tratamento ao longo de sua vida consoante o diagnóstico de transtorno mental”, diz trecho.

Com o relatório, o advogado Dener Felizardo, que faz a defesa de Lumar, já entrou com um pedido na Justiça, no último dia 22, para que ele saia da unidade e continue o tratamento em casa, já que não há pena a cumprir.

Caso 

O brutal assassinato aconteceu em uma residência na rua Rio Negro, no bairro Vila Bela, em Sorriso. Lumar havia ido para Sorriso para morar com a tia Maria Zélia após brigar com a mãe. Segundo testemunhas, a tia não aceitava o fato de o sobrinho ser usuário de drogas.

Para a psiquiatra, que emitiu o primeiro laudo, o réu chegou a contar que tinha medo de ficar na casa tia, pois acreditava que as pessoas queriam lhe roubar as roupas e que haviam câmeras na casa lhe vigiando.

Após desentendimentos com a mulher, Lumar foi morar em uma quitinete ainda em Sorriso. Alguns dias depois voltou para a casa de Maria Zélia e, durante um desentendimento, cometeu o crime.

Em entrevista à jornalistas, ele confessou o crime. Alegou que o “universo” o mandou assassinar a tia. “Matei ela mesmo, não me arrependo de ter matado, ela mereceu morrer”, disse à época.

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