Política

Juíza dá 15 dias para José Riva e Bosaipo devolverem R$ 44,9 milhões ao Estado

Além de Riva e Bosaipo, os réus são os servidores da Assembleia Geraldo Lauro, Guilherme da Costa Garcia e os contadores Joel Quirino Pereira e José Quirino Pereira

Jacques Gosch | RDNews

A juíza da Vara Especializada em Ações Coletivas Célia Regina Vidotti,   determinou que os ex-deputados  estaduais José Riva, Humberto Bosaipo, além de   servidores da Assembleia     e contadores restituam,  o erário em mais de  R$ 44, 9 milhões  que teria, sido desviados do  Poder Legislativo. O prazo para restituição dos valores é de 15 dias. A  decisão foi proferida na última  sexta (10).

Além de Riva e Bosaipo, os réus são os servidores  da Assembleia  Geraldo Lauro, Guilherme da Costa Garcia e os contadores Joel Quirino Pereira e José Quirino Pereira. Todos devem ser intimados e podem apresentar contestação no prazo de cinco dias.

“Intimem-se os requeridos José Geraldo Riva, Humberto Melo Bosaipo, Geraldo Lauro, Guilherme Garcia, Joel Quirino e José Quirino, por meio de seus advogados, via DJE para, no prazo de 15 dias, pagar o valor do débito referente ao ressarcimento do dano, no montante de R$ 44.999.725,83, conforme relatório técnico. Consigne-se que decorrido o prazo sem pagamento, haverá incidência de multa de 10% sobre o referido valor e a expedição de mandado de penhora e avaliação”, diz trecho da decisão.

A juíza Célia Regina Vidotti atendeu ação de  execução de sentença movida pelo Ministério Público Estadual (MPE)  pedindo  cumprimento da decisão que condenou os denunciados por ato de improbidade administrativa.

Em novembro de 2003, o MPE  MPE  instaurou inquérito civil  para investigar os pagamentos efetuados pela Assembleia  , sob presidência de Riva e Bosaipo,  para a  L.M. Gomes Gráfica e Gráfica Ltda. Havia suspeita de ilicitude nas transações financeiras.

Segundo as investigações, entre dezembro de 1999 e novembro de 2002, a Assembleia  teria emitido 66 cheques, totalizando mais  R$ 3,7 milhões, por suposta prestação serviços gráficos, para a L.M. Gomes e Gráfica Ltda.

Ocorre que a denúncia do MPE  aponta que a gráfica  seria fantasma e teria recebido o valor  por  serviços fictícios prestados   Legislativo. Os cheques repassados a empresa teriam sido trocados na Confiança Factoring,  de propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, retornando para Riva, Bosaipo e beneficiários do esquema.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo