Polícia

Juiz mantém preso tio que estuprou e matou sobrinha com golpe na cabeça

Em depoimento, homem, que confessou o crime, disse que bateu na cabeça da menina para "terminar de matar".

Beatriz Passos | RDNews 

O juiz da Vara Única de Itaúba, Edson Carlos Wrubel Junior manteve a prisão de José Marcos da Silva Lima, autor confesso do homicídio da própria sobrinha Yara Salvador Matiello, de 9 anos, que foi estuprada, morta e encontrada em uma cova rasa em Terra Nova do Norte (MT). O suspeito passou por audiência de custódia na tarde desta quinta-feira (21) e teve prisão preventiva decretada. Caso está em segredo de justiça.

José foi preso em flagrante na quarta-feira (20), após confessar que  abusou sexualmente da menor e posteriormente utilizou uma enxada para tirar a vida da vítima. Vídeos de câmeras de segurança mostram ele levando a garota na garupa da moto para um sítio onde ele trabalhava e cometeu o crime. Ele ainda alegou que estava sob efeito de drogas e revelou o local em que escondeu o corpo da vítima, do outro lado do Rio Batistão.

Em depoimento, ele relatou ainda que na noite de terça-feira (19), às 21 horas, saiu do sítio que trabalha e foi à cidade para buscar pasta base. Ele alegou à autoridade policial que só se lembra de acordar por volta das 3 horas, de quarta-feira, com a sobrinha morta ao seu lado na cama.

O suspeito disse que pegou a vítima pelos braços e levou até mato para enterrar. Ao chegar ao local, ele começou a cavar um buraco quando percebeu que a menina mexeu a mão. Na sequência, ele disse ter dado uma pancada com a enxada na cabeça dela para “terminar de matar”.

Para os investigadores, José Marcos sufocou a vítima e ela ficou desacordada. O suspeito pensou que ela já estaria morta e, por isso, iniciou o processo de “sepultamento”.

José Marcos ainda acrescentou que após enterrar a sobrinha retornou para casa. Ele ainda teria dito que levantou às 4h30 para trabalhar e que por volta das 5 horas viu que haviam conversas com a sobrinha no Whatsapp e decidiu apagar. Ao ser questionado pelo delegado, ele disse que não chegou a ler as conversas.

À procura de emprego

Há cerca de quatro meses, o carpinteiro chegou em Terra Nova do Norte à procura de emprego e ficou morando com a irmã, mãe da vítima. Ele havia se mudado há duas semanas.

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