Polícia

Juiz determina fiança de R$ 8 mil para soltar ex-marido de Raquel Cattani

Raquel foi morta esfaqueada e Romero é o principal suspeito; casal estava em processo de separação.

Kethlyn Moraes | RDNews

O juiz Fábio Petengill, da 2ª Vara Criminal de Lucas do Rio Verde (MT), determinou fiança de R$ 8 mil para a liberdade provisória de Romero Xavier Mengarde, suspeito de ser o mandante da execução da produtora rural Raquel Cattani, de 26 anos, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL).

A Justiça não confirmou se a fiança já foi paga. Romero é ex-marido de Raquel e foi preso na residência dos familiares da vítima, em Nova Mutum. Os dois estavam em processo de separação.

Além da fiança, o magistrado determinou medidas cautelares para conceder a liberdade provisória. Romero fica proibido de possuir, portar, transportar, receber e adquirir arma de fogo e munições de qualquer calibre, seja de forma lícita ou ilícita, sendo autorizada sua imediata prisão e condução ao cárcere em caso de desobediência.

Ele também foi proibido de se ausentar do Município por mais de cinco dias sem autorização judicial. Romero ainda deverá comparecer mensalmente em juízo para informar seu endereço atual, telefone e atividade laboral exercida. Assim que a fiança for recolhida, o custodiado deverá ser colocado em liberdade imediatamente.

O caso

Raquel Cattani foi assassinada com mais de 30 facadas, segundo a perícia. A produtora de queijos artesanais foi encontrada morta dentro de casa pelo pai dela, em seu sítio na região do Pontal do Marape, em Nova Mutum (a 240 km de Cuiabá). A jovem era uma produtora de queijos premiada mundialmente e mãe de duas crianças, uma menina de 3 anos e um garoto de 6.

Conforme o delegado Guilherme Pompeo, responsável pelas investigações, mais de 150 pessoas foram ouvidas pelas equipes da Polícia Civil ao longo das diligências. Diante da desconfiança de uma cena que poderia ter sido armada, a atenção foi voltada ao ex-marido, Romero Xavier, que mantinha comportamento possessivo e não aceitava o término da relação com a vítima.

Segundo investigação da Polícia Civil, Romero planejou o crime e o irmão dele, Rodrigo Xavier, executou. Os dois teriam montado uma cena na residência para que fizesse parecer que seria um crime patrimonial. Ambos foram presos.

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