Juiz decreta prisão de empresário suspeito de torturar ex-namorada por 4 horas com barra de ferro
O pedido de prisão teve manifestação favorável do Ministério Público de Mato Grosso.
Luis Vinicius/HiperNotícias
O juiz da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste (MT), Roger Augusto Bim Donega, decretou a prisão preventiva do empresário Jhonathan Galbiatti Mira, 26 anos. Ele é suspeito de ter torturado a ex-namorada com uma barra de ferro por um período de quatro horas.
O pedido de prisão teve manifestação favorável do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Galbiatti é investigado por lesão corporal, ameaça, tortura e injúria.
A vítima relatou que teve relação com Galbiatti, entre idas e vindas, por seis anos e que durante o período o homem sempre foi nervoso.
A jovem contou que o casal terminou a relação em setembro de 2020, entretanto eles ainda mantinham contato.
No último dia 19 de maio, o empresário, segundo a vítima, foi buscá-la e a levou para a casa dele. No imóvel, Galbiatti preparou um jantar, mas em determinado momento, pegou o celular da vítima e a forçou a dar a senha do aparelho.
O homem teria tido uma crise de ciúmes ao ver as conversas da ex.
Durante as crises, a mulher relatou que todas as vezes que o celular bloqueava, o empresário batia nela para que ela desse a senha novamente.
A vítima conta que Galbiatti bateu diversas vezes na sua cabeça, em sua mão e olhos, mas que pouco se lembra dos fatos, pois ficou tonta em decorrência das lesões sofridas. Neste dia, ela acredita que o homem começou a agredi-la por volta das 2 horas e só parou às 6 horas.
Em um boletim de ocorrência, a mãe da vítima, que não teve o nome revelado, relatou que em uma das ocasiões, o empresário teria utilizado uma barra de ferro para agredir a vítima.
O que diz o magistrado
Na decretação da prisão preventiva, o magistrado afirmou que o empresário já praticou violência doméstica reiteradas vezes. Em uma das coisas, segundo o juiz, Galbiatti teria ameaçado a ex de morte.
“Além disso, vale mencionar que em análise dos autos, denota-se que não é a primeira vez que o acusado foi/é agressivo com a vítima, tendo o mesmo até mandado mensagens para o genitor da mesma dizendo: “eu vou acabar matando a filha de vocês”, sendo, portanto, contumaz em práticas de crimes que envolvem o âmbito doméstico e familiar, demonstrando que o representado continua de forma agressiva a vilipendiar a integridade física e psíquica de suas companheiras, em total desrespeito à condição do gênero feminino”, diz trecho da decisão.
Quem tiver informações do paradeiro do empresário pode entrar em contato com a Polícia Civil no telefone 197. A sua identidade será mantida no absoluto sigilo.