Cidades

Homem espanca companheira e passa pimenta e salmoura em lesões

Ele foi preso e mulher detalhou sequência de agressões que teriam começado há 5 anos. Caso é investigado.

Luis Vinicius | RDNews 

A Polícia Civil prendeu um homem, nesta quarta-feira (13), suspeito de ter cometido um ritual macabro de violência contra a sua esposa, em Cuiabá. A vítima, de 28 anos, contou detalhes às investigadoras sobre os cinco anos que viveu sendo agredida pelo marido. Em um dos relatos mais chocantes, ela detalhou que o homem usou salmoura e pimenta para passar nas lesões, causadas por ele, como forma de tortura. O criminoso sorria durante as agressões. Alerta: esse texto pode despertar gatilho em vítimas de violência doméstica.

Os nomes dos envolvidos não serão informados para preservação à identidade da vítima. Ela iniciou o seu depoimento dizendo que sua relação com o agressor já dura 13 anos. A mulher detalhou que foi morar com ele quando tinha 15 anos e que eles já possuem dois filhos, sendo um de 11 e outro com 2 anos.

Ao ser questionada, a vítima explicou que, durante a década e meia, ela já terminou o relacionamento com o agressor cerca de três vezes e que sempre reatou por conta dos filhos.

As agressões iniciaram há cinco anos, segundo ela. Mas, a mulher explicou aos policiais que nunca registrou boletim de ocorrência contra ele. A vítima lembrou que durante uma discussão o seu companheiro deu um soco tão forte que seu olho ficou roxo e que sentiu muitas dores por dias. Os socos, empurrões e chutes passaram a ser frequentes, revelou.

Ela lembrou que no dia 29 de outubro o homem estava mexendo no celular da vítima e encontrou algumas conversas dela com a mãe. A mulher disse que as mensagens tinham teor de desabafos e que não continha nada grave. Da mesma forma, o agressor não gostou e teria ficado muito nervoso. O homem não gostava da sogra, porque ela a acolhia a filha e os netos após as agressões cometidas por ele.

O homem disse que ficou tão nervoso que precisou ir a um hospital. Na unidade médica, passou atribuir a sua patologia a sua companheira, dizendo que foi por causa de tanta raiva que ela o fez passar e, por isso, ele adoeceu.

Mesmo internado, o homem fez ameaça à companheira. Ele afirmou que, daquele dia em diante, iria fazer da vida da vítima “um inferno” e tomou o celular da mulher. Na sequência, ele passu a humilhá-la. “Você é uma parasita, você nunca fez nada, é uma inútil, vou te fazer sofrer”.

Há 10 dias, segundo relato, o agressor chamou a vítima para conversar e perguntou sobre a conversa do celular entre a declarante e sua mãe. Logo depois, a vítima explicou que era apenas um desabafo entre mãe e filha. Diante disso, ele pegou um galho de árvore e espancou a vítima.

Com as costas feridas, para torturar ainda mais a vítima como forma de vingança, ele teria lavado as feridas dela com salmoura e pimenta. Ela contou que o ritual causou imenso sofrimento e, ao mesmo tempo, ele sorria em vê-la sofrer. Na sequência, ele ameaçou: “Eu só não vou te matar por causa das crianças”.

Na sequência, o homem continuou ameaçando a companheira dizendo que se encontra-se ela falando com a mãe iria matar as duas. A vítima disse que não o denunciou por medo.

Ainda em seu depoimento, a mulher relatou que no último domingo (10), após uma bebedeira, ele começou a agredi-la às 19 horas com uma vara. Ele a agrediu tanto que ela relatou aos investigadores que ficou com a pele “esfolada”. Ela contou que toda a sua costa ficou no coro vivo.

Durante as sessões de espancamento, ele dizia: “Eu sei que o que eu estou fazendo é errado, mas você está apanhando porque merece. Sei que você amanhã você pode me denunciar e eu ser preso, mas saiba que eu sou réu primário, tenho endereço fixo e carteira assinada. Vou sair no mesmo dia e irei atrás de você onde for, vou te caçar e quando encontrar vou te matar aos poucos”.

Na quarta-feira, quando o homem saiu para trabalhar, a vítima, que estava sem celular, conseguiu fugir e pedir socorro a uma vizinha que chamou a polícia. O agressor foi preso e passará por audiência de custódia.

O caso é investigado pela Polícia Civil.

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