Homem é morto a golpes de pá em casa e esposa conta 3 versões do crime à polícia e acaba presa

Renan Marcel | RDNews

Uma mulher de 42 anos foi presa pela Polícia Militar na madrugada deste domingo (13), em São Pedro da Cipa (MT). Ela é suspeita da morte do próprio marido,  Orosino Soares de Amaral, de 56 anos. Isso porque, apesar de ter sido ela quem clamou por ajuda quando viu a cena do crime, a mulher acabou apresentando versões confusas e diferentes à PM e também à Polícia Civil.

Conforme o boletim de ocorrência, Orosino foi encontrado morto na cama, dentro de casa. Uma pá cheia de sangue, possivelmente utilizada no crime, foi apreendida para perícia.

Ainda de acordo com o registro, a vizinhança foi acordada pelos gritos da suspeita, pedindo ajuda porque alguém teria matado o marido dela. Ela solicitou a testemunhas que ligassem para a polícia. Depois disso, “saiu em disparada, tomando rumo ignorado”. Os militares então foram até o local, ouviram as testemunhas e entraram na casa do casal.

Na cena do crime, segundo o boletim de ocorrência, a porta da sala estava aberta e havia muitas poças de sangue pela sala, além de várias peças de roupas sobre o sofá e em um canto do local estava a pá ensanguentada. Os policiais adentraram mais ainda pela casa, chegando ao quarto onde Orosino estava, já morto e com ferimento. A cama estava tomada pelo sangue da vítima.

Sinais de embriaguez

Diante do homicídio, a Polícia Civil e a Perícia Técnica foram acionadas para os procedimentos necessários. Enquanto isso, a PM fez rondas pela região e acabou encontrando a esposa da vítima. Segundo o boletim, ela apresentava claros sinais de embriaguez, como “fala enrolada, cambaleando, sem coordenação motora, olhos avermelhados e forte odor etílico”.

Ao ser interrogada sobre o que teria acontecido, a suspeita disse aos militares que antes de encontrar o marido morto em casa estava com um amigo, local que costuma frequentar, e estava bebendo “umas pingas” com ele desde o início da noite. Ela disse ainda que não sabia exatamente qual foi o horário que retornou para casa. Quando chegou, viu a cena e saiu correndo pedindo ajuda.

Depois dessa versão, a mulher conversou com os agentes da Polícia Civil e mudou a história. Contou que estava na casa de uma amiga, tomando café. Mais uma vez então, os militares voltaram a questionar sobre o que ela fez e onde estava antes de chegar em casa. Dessa vez, ela disse que nem a primeira versão nem a segunda eram verdades, mas que estava traindo o marido com outro homem.

Por conta das “narrativas imprecisas” a suspeita foi levada para delegacia de Jaciara, para dar os devidos esclarecimentos em depoimento oficial.

Testemunha

Neste domingo (13), uma testemunha procurou a Polícia Militar ao ficar sabendo do ocorrido entre o casal.  O homem contou que estava cuidando da casa de um amigo, na vizinhança, e estava colocando ração para os cachorros quando a suspeita apareceu pedindo ajuda.

Ela disse que o marido havia batido nela, com socos no rosto e corpo. Após deixar a comida para os animais, a testemunha disse que ela podia ir com ele para a casa dele, porque lá ela estaria segura. Conforme a testemunha, durante a conversa entre eles, já na casa dele, ela contou que deu uma paulada no marido “e que a paulada  foi bem boa para a vítima aprender a não mais bater em mulher”.