Cidades

Filho de Bezerra vira réu e vai a júri popular por matar ex e o namorado dela

Carlinhos Bezerra responderá por feminicídio qualificado e homicídio qualificado, segundo decisão de juíza.

Bárbara Sá | RDNews 

A 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá determinou que o filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra, Carlos Alberto Gomes Bezerra, vá a júri popular por feminicídio qualificado contra Thays Machado e homicídio qualificado contra Willian Cesar Moreno, o namorado dela. A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, acatou o pedido do Ministério Público de Mato Grosso.

Agora, com a decisão, o empresário se torna réu pelo duplo homicídio. A magistrada ainda manteve a prisão preventiva do réu, detido desde o dia 18 de janeiro, quando executou as duas vítimas. No início de abril, o empresário preferiu não comparecer à primeira audiência de instrução do julgamento do crime.

A audiência foi conduzida pela juíza da 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, Ana Graziela Vaz de Campos, e sete testemunhas foram ouvidas. A princípio, oito pessoas prestariam depoimento, mas uma delas desistiu.

“Carlinhos”, como é conhecido, optou pelo direito de permanecer calado e, por solicitação da defesa, não participou da audiência. As informações, à época, foram repassadas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

O crime

Thays e William foram mortos a tiros na tarde do dia 18 de janeiro deste ano, no Bairro Consil, próximo à Avenida do CPA, em Cuiabá. Thays estava em frente ao edifício Residencial Monet para entregar uma chave à mãe e o namorado a acompanhava. Um carro passou pela via e vários disparos foram efetuados contra as vítimas. Ambos morreram antes que o socorro chegasse e o atirador fugiu.

Horas depois, Carlos Alberto foi preso em uma chácara da família e, durante interrogatório na Polícia Civil, confessou o crime. Ele argumentou que sofre de diabetes e que estava em “estágio de neuropatia”, o que lhe causou o desequilíbrio emocional e que isso teria motivado o crime.

O réu está preso na Penitenciária Major Eldo de Sá, conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá). Inicialmente ele foi recolhido na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, mas foi transferido por risco à sua integridade física.

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