Empresário é preso suspeito de agredir esposa e é solto com fiança de R$ 5 mil no Araguaia

João Aguiar e Jacques Gosch | RDNews

O empresário Macgaiver Max Neves Souza, de 38 anos, foi preso em flagrante por suspeita de ter agredido a companheira, uma mulher de 38 anos, em Querência (MT). O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (15), mas só veio à tona nesta sexta-feira (19), após o deputado estadual Valdir Barranco (PP) postar a agressão nas redes sociais.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, a vítima foi encontrada chorando bastante. Ela estava com várias escoriações pelo corpo, hematoma no rosto e com sangue no braço e no pescoço.

A vítima relatou aos agentes que levou socos e puxões de cabelo, além de ter sido enforcada pelo marido.

Os policiais foram até o imóvel e encontraram Macgaiver Max. Ele relatou que foi agredido pela esposa e teria apenas se defendido.

Diante dos fatos, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a delegacia. Já a vítima foi levada para o Hospital Municipal de Querência, onde recebeu atendimento médico.

Solto em audiência de custódia

No final da tarde de segunda, Macgaiver Max passou por audiência de custódia na Comarca de Querência. O Ministério Público pugnou pela concessão da liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares. O mesmo foi feito pela defesa do empresário, que pediu a liberdade provisória.

Em sua decisão, a juíza Michele Cristina Ribeiro de Oliveira entendeu que, apesar da gravidade da ação, não se evidencia periculosidade exacerbada a ponto de justificar qualquer segregação antes do momento constitucional próprio, qual seja o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.

Além disso, afirmou que o réu é primário, não possuindo em seu desfavor apontamentos criminais. “Assim, a liberdade, que é a regra, deve prevalecer durante o trâmite da persecução penal”, justifica.

“Noutro giro, a concessão das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP mostra-se compatível com a situação em apreço, sobretudo para impingir ao autuado restrições, como forma de mantê-lo vinculado ao processo e, consequentemente, garantir a aplicação da lei penal”, acrescenta.

Por fim, a magistrada arbitrou fiança de R$ 5 mil ao empresário e impôs medidas cautelares, como: proibição de se ausentar da comarca por mais de 7 dias sem prévia autorização judicial; proibição de contato com a vítima por qualquer meio de comunicação; obrigação de manter o juízo informado sobre endereço e telefone atualizados; e comparecer ao juízo da comarca mensal, até o 5º dia útil de cada mês, para informar e justificar suas atividades, a partir do primeiro mês subsequente à sua soltura.

Deputado pede providências da prefeitura

Em postagem nas redes sociais, o deputado estadual Valdir Barranco expôs o caso e afirmou que Macgaiver Max mantém contrato com a prefeitura de Querência para prestação de serviços de marketing político. “Se confirmadas, essas informações são gravíssimas e exigem apuração rigorosa, transparência e responsabilização. Dinheiro público não pode, em hipótese alguma, estar associado a quem agride mulheres. Cargo, contrato ou influência política não podem servir de escudo para agressor”, escreveu.