Polícia

Empresário é condenado a 10 anos por torturar a ex por 4 horas em Primavera

Homem estava em clínica de reabilitação, mas Justiça revogou internação. Ele é acusado de torturar ex com barra de ferro

Bárbara Sá | RDNews

O empresário Jonathan Galbiatti Mira foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão por tortura, cárcere privado, posse ilegal e disparo de arma de fogo. A decisão é do juiz da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste Roger Augusto Bim Donega e foi proferida na sexta (24). Até então, o jovem aguardava o julgamento em uma clínica de reabilitação no Paraná, foi encaminhado à cadeia e deve ser transferido para Primavera do Leste. O condenado também está impedido de recorrer em liberdade.

O magistrado apontou que Jonathan, agiu por motivo torpe, e estava tomado pelo ciúme. O  tentou contato com a defesa, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto. “Constata-se nos autos que o acusado praticou o crime movido por ciúmes e pelo sentimento de posse que nutre pela vítima, pois não aceitava o fato da vítima não querer reatar o relacionamento”, diz. O magistrado também revogou a internação de Jonathan na clínica de reabilitação.

Por conta disso, foi expedido o mandado de prisão em desfavor do empresário, que já foi cumprido pela Polícia Civil do Paraná e ele encaminhado à Cadeia Pública de Cascavel, onde aguarda transferência para Primavera do Leste.

“Assim, considerando a periculosidade que o acusado representa para a sociedade, considerando ainda, que o regime fixado na sentença é o fechado, este não é compatível com o benefício concedido ao acusado de prisão domiciliar – internação”, ressalta o juiz.

O caso

Jonathan foi acusado de torturar a ex-namorada por mais de quatro horas. Ele teria espancado a mulher com uma barra de ferro. As cenas de violência aconteceram dentro da mansão do empresário, em Primavera do Leste.

Em 19 de maio, os dois estavam na casa dele quando Jhonatan teria pego o celular da vítima e, em seguida, a forçado a lhe dar a senha do aparelho. Descontrolado, o ex-namorado bateu na cabeça da vítima várias vezes. Ela teve um ataque de pânico e não conseguiu sair do local ou pedir ajuda, sendo torturada por quatro horas. Segundo o relato à polícia, ela chegou a ficar inconsciente.

Foi para casa de carro na manhã do dia seguinte e os pais dela, ao verem o estado da filha, decidiram levá-la ao médico. Os exames e tomografia apontaram uma mancha no cérebro da jovem.

Em agosto a Justiça converteu a  prisão do empresário  em internação em clínica para recuperação de  dependentes químicos, pelo período de  seis meses. Agora, a internação foi revertida.

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