Em Campinápolis, disseminação do vírus da gripe aviária é contido e animais abatidos e enterrados
Houve o abate sanitário de 600 aves e 229 ovos destruídos; as aves sacrificadas foram enterradas em valas.

Da redação | RDNews
Passados oito dias da confirmação da presença do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma criação doméstica de aves de subsistência, em Campinápolis (a 509 km de Cuiabá), o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) conseguiu conter a disseminação do vírus e encerrou as atividades de controle sanitário na área afetada. Os dois casos de suspeita de gripe aviária em humanos, no município, foram descartados.
No total, houve o abate sanitário de 600 aves e 229 ovos destruídos. As aves sacrificadas foram enterradas em valas, em seguida as instalações foram limpas e desinfetadas.
Atualmente a propriedade rural está em vazio sanitário, na qual está impedida por um período de 45 dias de ter novas aves e com os proprietários orientados a não alimentar aves migratórias e silvestres que, segundo investigações podem ter sido as responsáveis por trazer a carga viral até as galinhas domésticas da propriedade.
Por estar em vazio sanitário por 45 dias, a propriedade irá receber a visita quinzenal de servidores do Indea para atestar a condição, e após este período, novas aves com procedência segura serão introduzidas na propriedade.
“Após essa introdução, por um período de 21 dias, caso não as novas aves não apresentem nenhum sinal de doença a propriedade fica liberada para retornar a criação de subsistência”, explica a coordenadora das atividades de campo no foco de Influenza Aviária do Indea, Daniella Bueno.
Pelo trabalho de levantamento epidemiológico dos técnicos do Indea, há uma grande possibilidade de que o vírus IAAP tenha chegado através de aves aquáticas – que foram identificadas em um lago da propriedade e que mantinham contato direto com as aves domésticas.
“Nosso trabalho envolveu não somente a eliminação das aves do foco e a desinfecção total do local, seguindo os protocolos sanitários. Atuamos também na educação sanitária, promovendo palestras em escolas, orientando produtores e a comunidade local sobre prevenção e biosseguridade, de forma que eles sejam os nossos parceiros na identificação de sinais clínicos da doença e também sabendo como agir caso alguma ave apresente sintomas parecidos”, explica o coordenador de Defesa Sanitária do Indea, João Marcelo Néspoli.
Para impedir que o vírus se alastrasse foi montada uma barreira sanitária na entrada da propriedade, impedindo a saída de materiais, produtos e subprodutos que pudessem transmitir a doença, e ainda realizada a desinfecção de todos os veículos que passavam pelo local.
Gripe Aviária
O vírus da gripe aviária já estava circulando no Brasil desde 2023 e, desde então, Mato Grosso tem conseguido impedir que a doença se alastre no estado através do cumprimento de rígidos protocolos sanitários. Até o momento, não houve nenhum caso registrado em uma granja comercial mato-grossense.