Coronel da PM sofre grave acidente na BR-364; estado de saúde é delicado
Zaqueu Barbosa está internado no Hospital Santa Rosa e deve passar por uma cirurgia ainda hoje.

Bárbara Sá | RDNews
O ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel aposentado Zaqueu Barbosa, foi vítima de um grave acidente nesta quinta (26) na BR-364, próximo ao Sinuelo, em Cuiabá. De acordo com informações preliminares, ele andava de bicicleta quando bateu em um caminhão e o seu estado de saúde é delicado.
Segundo a concessionária Rota do Oeste, o coronel colidiu com a carreta que estacionada no acostamento, pois estava em atendimento. O local estava sinalizado com cones. Ele foi socorrido pela equipe de resgate da concessionária.
Agora, o coronel se encontra internado no Hospital Santa Rosa, na Capital, onde deverá passar por uma cirurgia. Familiares e amigos pedem oração ao militar.
César Barbosa, filho de Zaqueu, está acompanhando o pai, enquanto o outro filho, Carlos Barbosa, está vindo de São Paulo para a Capital mato-grossense acompanhar o procedimento.
Condenação
O nome do coronel Zaqueu passou os últimos anos em evidência, apór participação no esquema de escutas clandestinas que se tornou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.
Zaqueu chegou a ser condenado a cumprir oito anos de prisão por participação em grampos clandestinos em Mato Grosso. Ele foi o único condenado a cumprir pena. O militar confessou o crime e disse que o ex-governador Pedro Taques (PSDB) tinha conhecimento dos grampos.
O coronel aposentado apelou da sentença e, em junho de 2022, foi inocentado dos crimes de falsidade ideológica e documental e teve a pena reduzida para um ano pelo crime de operação militar sem ordem superior, sem perda de patente.
Grampolândia
O escândalo dos grampos veio à tona em maio de 2017, quando o Fantástico, programa da Rede Globo, divulgou entrevista com o promotor do Ministério Público e ex-secretário de Segurança Pública Mauro Zaque na qual declarou que o governador Pedro Taques (PSDB) desde 2015 tinha ciência do esquema de arapongagem existente na equipe para espionar adversários.
À época, Zaqueu disse que o esquema foi promovido para obter informações privilegiadas de políticos, jornalistas, servidores e médicos. As ligações teriam sido interceptadas por meio de “barriga de aluguel”, utilizado pela Polícia Militar para monitorar os adversários de Taques.