Conselheiro vai à PF retirar bens pessoais e se emociona; vídeo
Investigação da Operação Malebolge foi arquivada pelo ministro Raul Veloso por falta de provas.

Vitória Gomes | MidiaNews
O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Antonio Joaquim publicou em sua rede social o momento em que foi até a Polícia Federal para recuperar bens pessoais que estavam apreendidos desde 2017.
À época ele foi alvo da Operação Malebolge, que o acusava de ter recebido, junto com outros conselheiros, propina para não atrapalhar o andamento de obras do ex-governador Silval Barbosa.
Desde o início Antonio Joaquim alegou inocência, que acabou sendo provada após o ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça, acatar o pedido da Procuradoria Geral da República e determinar o arquivamento da investigação.
A decisão foi tomada em dezembro do ano passado porque a Procuradoria entendeu que não havia provas para o oferecimento de denúncia contra os conselheiros.
Em seu Instagram, Antonio Joaquim se emocionou ao comentar o desfecho do caso quase seis anos depois de ter tido seus pertences apreendidos pela PF.
“Dia 14 de setembro de 2017 a Polícia Federal cumpriu uma ordem de busca e apreensão na minha casa. […] Aquilo foi um choque terrível para mim, porque eu era o único sujeito na face da Terra que tinha certeza absoluta que não devia nada”, afirmou.
“Fiquei super revoltado. Na hora sabia que era uma ação motivada por interesse político, porque eu falava em ser candidato a governador no ano seguinte. Foi algo covarde”, disse.
Nas imagens carregando as caixas com materiais de sua propriedade, Antonio Joaquim comemorou a “restauração da Justiça”, que, segundo ele, começou quando foi inocentado das acusações, com o fim das investigações, e quando pôde retornar ao serviço público, em fevereiro de 2021, após mais de três anos afastado das funções por ordem judicial.
“Hoje estou aqui pegando minhas coisas e levando de volta para minha casa, de onde nunca deveria ter saído”, afirmou.
“Fiz questão de registrar esse momento porque a gente não pode esquecer. Não é que temos que ter raiva, ódio, mas não pode esquecer, para que sirva de exemplo para que não aconteça com outras pessoas uma violência dessa natureza”.
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