Comandante da PM diz que região de mata e ilha dificultam captura, mas policiais estão em “operação de guerra”
Policiais de MT atuam há 15 dias na região de Tocantins e contam com o reforço de equipes de outros 3 estados.

Kethlyn Moraes | RDNews
O comandante-geral da Polícia Militar, Alexandre Mendes, afirma que a maior dificuldade enfrentada pela PM para capturar os criminosos envolvidos no ataque a Confresa (MT) é o acesso à região onde o bando está escondido, em Tocantins, e que por isso o trabalho demanda muita estratégia. Os policiais já atuam na captura da quadrilha há 15 dias. Em visita ao e entrevista ao Rdtv, ele ressaltou que o cerco segue fechado. “Estamos dando a resposta necessária. Estamos em plena operação de guerra”, afirmou.
O ataque ocorreu no dia 09 deste mês, quando homens fortemente armados chegaram ao município localizado no nordeste de Mato Grosso, invadiram o quartel da Polícia Militar e fizeram disparos de arma de fogo, aterrorizando a população. Em seguida, foram até a empresa de transporte de valores Brinks e explodiram o muro do local para roubar o dinheiro. A PM estima que participaram do ataque de 15 a 18 criminosos.
“A região é de muita mata. Quando atravessaram o rio da cidade de Santa Terezinha para o outro lado, no Tocantins, eles se dividiram em grupos. Um deles foi para a região da Ilha do Bananal, que é a maior ilha fluvial do mundo, é intransitável, de muito difícil acesso. Outro foi para Canguçu e outro, para Pium. Então nossas equipes estão em vários pontos, a região está fechada. Eles vão tentar fugir de alguma forma, como aconteceu com um deles que prendemos e já estava dentro de um ônibus, fugindo para São Paulo”, explicou.
Até o momento, sete dos criminosos foram mortos em confronto com a PM e dois foram presos. “É um trabalho de muita paciência e estratégia, porque temos que ganhar no tempo. Esperamos nos próximos dias capturar mais elementos. Temos três grupos atuando em três frentes onde [os suspeitos] estão deixando vestígios”, afirmou.
Segundo o comandante, os policiais militares começaram a atuar fazendo bloqueios na região no mesmo dia do ataque, tendo sido o primeiro no aeroporto da cidade e, posteriormente, em algumas vias. Ele frisa, ainda, que a integração das Forças de Segurança é essencial porque, apesar de o ataque ter acontecido em Confresa, a fuga do bando passa por outros estados.
“Chegaram reforços de outras regiões, como Vila Rica, Água Boa e Barra do Garças. O reforço de Cuiabá foi de avião, mas teve que pousar em Água Boa. Atualmente temos o apoio da PM de Goiás, Tocantins, Pará e de Minas Gerais. A PM de Minas Gerais encaminhou uma aeronave e 30 homens. Hoje temos três helicópteros atuando na região que a quadrilha está, sendo um de Mato Grosso, outro de Goiás e outro de Minas Gerais”, detalhou.