Com apoio da Seaf e Empaer agricultura de pequena escala transforma a vida de famílias em Bom Jesus do Araguaia
Os produtores participam do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), fornecendo hortaliças para escolas estaduais e municipais da região.

Vânia Neves | Seaf/Empaer
O casal Uri Correia e Maria Rosa Correia mudou de vida ao trocar o trabalho como empregados em uma fazenda por uma rotina dedicada à própria terra. Com o apoio do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), e com a assistência técnica da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), eles estão ampliando a produção de alimentos na Chácara Firmeza, de 48 hectares.
Os produtores participam do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), fornecendo hortaliças para escolas estaduais e municipais da região, além de comercializar a produção em mercados de Bom Jesus do Araguaia e cidades vizinhas. O que antes era apenas um sonho se tornou realidade com apoio técnico, capacitação e investimentos em tecnologias, como a hidroponia e o sistema de irrigação entregue pela Seaf e instalado com assistência técnica da Empaer. Também está em andamento um novo projeto de cultivo de banana, cujas mudas serão entregues em breve.
“A gente veio de uma fazenda onde trabalhava como empregado e sempre tivemos o sonho de viver da terra que já era nossa. Eu e minha esposa gostamos muito de plantar e criar. Então arregaçamos as mangas e fizemos acontecer. Veio o projeto da hidroponia, fizemos o curso, e o pessoal da Seaf e a Empaer enxergaram nosso esforço”, contou seu Uri.
“Estamos há três anos com a comercialização da alface e, graças a Deus, está indo bem. A gente gosta de estar produzindo e levando alimento de qualidade para o nosso público”, completou.
A produção atual chega a 6 mil pés de alface por mês, cultivados com o sistema de hidroponia, gerando um faturamento mensal de aproximadamente R$ 10 mil. Além disso, o casal realiza testes com novas culturas e se prepara para diversificar ainda mais a propriedade.
Para dona Maria Rosa, o sentimento é de realização. Segundo ela, viver da agricultura familiar é mais do que uma fonte de renda, é a concretização de um projeto de vida.
“É muito gratificante a gente ter o próprio negócio, andar com as próprias pernas, porque essa é a nossa empresa rural. É corrido, mas é prazeroso. A gente vê que hoje o Governo do Estado está realmente focado na agricultura familiar, e isso faz toda a diferença. Às vezes, parece que estamos sonhando, mas é realidade. Acordamos todos os dias na nossa propriedade, sabendo que temos nossas coisas para cuidar. Isso não tem preço”, afirmou Maria Rosa.
A assistência técnica é prestada de forma contínua pela Empaer, que acompanha cada etapa do desenvolvimento da propriedade.
“A ideia surgiu em conversa com o produtor. Propusemos a instalação do kit de irrigação, que a Seaf já entregou, e eu acompanhei de perto a instalação. Já tem melancia plantada e mandioca, que estamos usando para o preparo do solo até as mudas de banana chegarem. A área de banana será de 1 hectare. Se ele já tinha serviço, agora vai ter um pouco mais”, comentou o técnico da Empaer, Aldemir Carvalho, com bom humor. “É motivador ver como os produtores estão conquistando o sonho de produzir mais e melhor”, destacou.
Outro caso em Bom Jesus na agricultura de pequena escala é o do senhor Alonso Resende da Silva e da dona Ednalva Andrade, no Sítio Coração de Jesus, localizado no assentamento PDS Bordolândia, também em Bom Jesus do Araguaia.
O secretário Silvio Dantas, do município, destaca com orgulho o impacto positivo da agricultura familiar.
“O PDS Bordolândia é um orgulho para nós. É gratificante ver esse trabalho em regime familiar. Eles plantam horta, receberam um kit completo de irrigação para 1 hectare, já estão com melancia plantada e aguardam as mudas de café. Se não fosse o Governo do Estado, por meio da Seaf, e a equipe que vem nos visitar, não sei como seria, porque o município não consegue oferecer sozinho a estrutura que esse povo tão trabalhador merece. É irrigação, é o calcário que chega, as mudas de café e de banana. Se não fosse essa corrente de união, não conseguiríamos atender à altura do que o povo precisa.”
O produtor Alonso Resende da Silva também comemorou a transformação na sua produção. “Essa irrigação é boa demais, porque a gente não tinha condição financeira de adquirir para 1 hectare. Tudo novinho, eu não coloquei a mão em nada, entregaram tudo instalado, e vou fazer com que essa irrigação produza muito para a nossa região”, ratificou o produtor.
Em Bom Jesus do Araguaia, o Governo de Mato Grosso, por meio da Seaf, já investiu R$ 8,2 milhões em máquinas, implementos agrícolas, caminhões, tanques resfriadores, melhoramento genético para o gado leiteiro com doses de sêmen e novilhas prenhes, além de calcário e kits de irrigação.