CBF abre linha de crédito para clubes da elite do futebol
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Por conta dos impactos financeiros sobre os clubes, impedidos de jogar há quase três meses em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou uma linha de crédito para as 20 equipes da série A.
Os recursos chegam a R$ 100 milhões e não haverá cobrança de juros. Os empréstimos serão concedidos aos clubes tendo como garantia os valores devidos aos times em razão dos contratos de direitos de transmissão televisiva dos campeonatos, e prêmios por desempenho nesses torneios.
“Temos procurado todas as formas de apoiar os clubes nesse momento difícil”, afirma o presidente da CBF, Rogério Caboclo, em nota oficial publicada na noite de ontem (8), no site da entidade. O dirigente foi enfático ao destacar que não basta apenas a volta das competições. “Precisamos de clubes capazes de retornar a elas de forma competente”.
Série B
Também na nota oficial, a CBF garantiu que os clubes da Série B receberão um adiantamento de aproximadamente R$ 15 milhões, sobre os valores que tem a receber sobre o contrato de direitos de transmissão com a rede de televisão, que transmite a competição.
Candidatura para sediar Copa Feminina em 2023
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) retirou a candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo Feminina de 2023. Em nota divulgada nesta segunda-feira (8), a entidade justificou a decisão “após minuciosa avaliação” e “uma combinação de fatores”, como a falta de garantias do governo federal devido à pandemia do novo coronavírus. A CBF decidiu apoiar a candidatura da Colômbia – que concorre com Japão e com uma parceria entre Austrália e Nova Zelândia para receber a competição.
Segundo a nota, a Fifa considerou que a candidatura brasileira não apresentou “as garantias do doverno federal e documentos de terceiras partes, públicas e privadas, envolvidas na realização do evento”. A CBF alegou compreender o protocolo padrão da entidade e recordou que o governo elaborou uma carta de apoio institucional que assegurava o país como “absolutamente apto”, do ponto de vista estrutural, para receber as disputas, “como já o fez em situações anteriores”.
O comunicado, porém, sublinhou que o governo, “por conta do cenário de austeridade econômica e fiscal, fomentado pelos impactos da pandemia da covid-19”, avaliou não ser “recomendável, neste momento, a assinatura das garantias solicitadas”. A Confederação disse entender a cautela “diante do momento excepcional vivido pelo país e pelo mundo”. Ponderou, ainda, que o acúmulo de eventos esportivos de grande porte realizados em curto intervalo de tempo no Brasil “poderia não favorecer a candidatura na votação do próximo dia 25 de junho, apesar de serem provas incontestáveis de capacidade de entrega”.
Já sobre a opção de apoiar a campanha colombiana para receber o Mundial, a CBF avaliou que uma candidatura única da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) aumenta as chances de a competição ocorrer no continente pela primeira vez. Realizada desde 1991, a Copa Feminina foi disputada duas vezes na Ásia (ambas na China), três na América do Norte (duas nos Estados Unidos e uma no Canadá) e três na Europa (Suécia, Alemanha e França).