Ao marcar encontro, mulher disse que marido de grávida não entraria na casa
"Ele pode ir, só não vou deixar entrar, tá, pois sou casada", diz Nataly em trecho da conversa.

Kethlyn Moraes | RDNews
Um print de WhatsApp mostra uma conversa entre Nataly Helen Martins Pereira e Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, encontrada morta após ter o bebê arrancado da barriga dela. A conversa ocorreu um dia antes do crime, marcando o encontro.
Na conversa, Emelly combina de ir até a casa de Nataly na quarta-feira, às 9h, para buscar a suposta doação de roupas de bebê que Nataly prometera. A mulher concorda e afirma que irá mandar a localização para ela. Em seguida, fala para Emelly que o marido dela não poderá entrar na casa.
“Você falou que seu marido vai também. Ele pode ir, só não vou deixar entrar, tá, pois sou casada e o pessoal da rua são tudo bando de fofoqueiro, Deus me livre inventarem alguma coisa de homem entrando na minha casa. Espero que não se importe”, disse – veja
Em seguida, continuou afirmando que geralmente quem vai até a casa dela são mais mulheres. “Não estou acostumada a ter contato com homens estranhos em casa. Espero que não tenha problema para você”, disse.
Depois, Nataly perguntou se ela precisaria levar as coisas para ela ou se o marido poderia levar, ao que Emelly respondeu que ele poderia levar. “Meu marido vai comigo, mas vai ficar para o lado de fora. Minha cunhada vai comigo”, escreveu Emelly.
No entanto, ainda não se sabe o motivo que fez Emelly decidir ir até o local um dia antes do combinado e sozinha. Nataly está presa, de forma preventiva, após confessar o assassinato. Ela afirmou, em depoimento, que cometeu o crime sozinha, mas a polícia ainda investiga essa versão.
Segundo a investigação da Polícia Civil e laudos da Politec, Nataly retirou a bebê da barriga de Emelly, com uma faca. A jovem morreu, em seguida, “ensanguinada”, ou seja, perdeu todo o sangue. Além disso, foram identificados ferimentos porque ela foi enforcada com um cabo de internet e asfixiada com sacolas na cabeça.
Em seguida, Nataly confessou que jogou o corpo da adolescente em uma cova rasa, no quintal da casa do irmão dela. A investigação aponta que Nataly retirou a bebê do ventre da adolescente enquanto ela ainda estava viva. Os cortes foram precisos. A suspeita ainda confessou, em seu depoimento à Polícia Civil, que antes de matar Emelly, pediu desculpas e falou que cuidaria da filha dela.