Polícia

Adolescente é detido suspeito de matar o pai com tiros e facadas; mãe acobertou

Ele e a mãe ainda teriam tentado encenar invasão uma invasão à casa para afastar as suspeitas; o caso é investigado.

João Aguiar | RDNews

Um adolescente de 17 anos foi apreendido na madrugada desta sexta-feira (31), suspeito de matar o próprio pai, Evandro Teixeira, de 36 anos, a tiros e facadas, em Porto Esperidião (a 358 km de Cuiabá). Ele e a mãe ainda teriam tentado encenar uma invasão à casa para afastar as suspeitas. O caso é investigado.

Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu por volta das 0h50, no Distrito da Vila Cardoso. Quem acionou a PM foi uma testemunha, informando que um amigo tinha pedido para ele denunciar que o pai tinha sido assassinado.

Os policiais foram até o local e encontraram a esposa e filhos de Evandro nervosos. O corpo do homem estava caído na varanda dos fundos da residência, sem sinais vitais e com várias lesões pelo corpo, sendo uma marca de tiro no olho esquerdo, uma marca de facada no peito e outra no pescoço.

Na versão inicial, a esposa e o filho mais velho relataram que antes do crime, Evandro chegou em casa portando uma espingarda e ameaçando os familiares de morte. Ele ainda teria agredido a esposa e apontou a arma para a mulher, enquanto um dos filhos tentava afastar Evandro da mãe.

No entanto, em meio à confusão, uma terceira pessoa encapuzada teria invadido a casa, retirado a espingarda e a faca das mãos de Evandro e atirado contra ele. Em seguida, o suposto invasor esfaqueou a vítima. Ainda conforme o relato, após o crime, o suspeito encapuzado deixou a residência levando as armas e teria alertado as testemunhas, dizendo: “Vocês não viram nada”, antes de fugir pulando o muro.

No entanto, os policiais viram contradições na história. Enquanto faziam buscas na região, o filho mais novo de Evandro se aproximou e contou outra versão dos fatos.

Ele confessou que matou o pai. O menor relatou que atirou e depois usou uma faca para “neutralizar” Evandro. Em seguida, o menor levou a polícia até os lugares onde escondeu as armas: um revólver estava enterrado no quintal da casa da avó, a duas quadras do crime, e a faca estava enterrada no quintal da casa onde o crime ocorreu.

À polícia, o filho disse que a história do invasor encapuzado foi inventada por ele e pela mãe para esconder a verdade. O local do crime foi isolado até a chegada da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que fez os trabalhos de análises. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia.

O menor foi apreendido e a esposa da vítima, que ajudou a esconder a verdade, foi levada à delegacia para prestar mais esclarecimentos. A Polícia Civil investiga o caso.

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