Integrante de facção é preso por torturar e queimar amigo vivo em MT
Suspeito foi preso, mas não entrega nome de comparsa, que segue foragido.

Maryelle Campos | RDNews
Um faccionado, de 21 anos, foi preso nesta quinta-feira (26) em Sorriso (MT) suspeito de ter torturado e matado seu amigo, Everton Gabriel Khel Maiolli, de 24 anos, queimado no último dia 20. O motivo do crime seria porque a vítima estava supostamente fazendo a prática de “cabritagem” – venda de drogas de facção rival.
Por imagens de câmeras, a Polícia Civil conseguiu identificar um dos dois suspeitos, que antes de cometerem o homicídio, ficaram esperando na esquina da rua da vítima. Posteriormente, ambos adentraram a casa de Everton. Conforme o delegado Bruno França, ambos permaneceram na casa por 3 horas e 11 minutos.
A casa foi totalmente revirada pelos dois faccionados a fim de encontrar provas da venda de drogas. Havia uma balança de precisão e uma porção considerável de maconha. Conforme a investigação, Everton também era da mesma facção dos seus assassinos, mas foi morto por trair e vender drogas para facção rival.
Segundo relato do amigo da vítima, que foi preso em seu trabalho, após adentrar a casa, Everton foi imobilizado e uma chamada de vídeo teria sido iniciada com mandantes do crime que estão reclusos. O celular de Everton também foi verificado pelos criminosos.
Segundo a perícia, Everton teria sido queimado ainda vivo. Ele foi encontrado carbonizado com marcas de violência, contusão na cabeça e sinais de asfixia mecânica no pescoço.
“Considerando que o laudo nos traz que as queimaduras de terceiro grau são causa da morte, a gente conclui que a vítima ainda estava viva quando foi incendiada. E a gente não sabe se ele estava consciente ou inconsciente”, explicou Bruno França, delegado responsável pelo caso.
Apesar de ter confessado o sequestro e tortura, o suspeito preso negou a autoria no assassinato de Everton. Segundo ele, após receber a ordem para matar, teria desistido da ação. O faccionado ainda se nega a entregar o segundo envolvido no crime, que ainda não foi identificado pela Polícia Civil.
“Ele confessou a participação, mas se recusa a identificar o comparsa, que é uma conduta comum nesse crime de facção”, afirmou o delegado.
O caso está em investigação.









