Polícia

PM apreende minério e resquícios de ouro extraídos ilegalmente de terra indígena no Araguaia

Quatro pessoas foram conduzidas à delegacia; um dos suspeitos se apresentou como prefeito de um município do Maranhão.

Da redação | Rede da Notícia 

Um trabalho de fiscalização da Polícia Militar, na zona rural de Confresa, na tarde de quarta-feira (12), resultou na apreensão de materiais suspeitos de serem minérios extraídos ilegalmente e na condução de quatro pessoas, sendo três homens e uma mulher à Delegacia. Um dos suspeitos se apresentou como prefeito de um município do Maranhão.

Eles estavam em uma caminhonete Ford Ranger, que foi abordada na MT-430. Os policiais identificaram contradições nas versões apresentadas pelos ocupantes, sobre a origem e o destino da viagem.

Durante a checagem, os militares constataram que um dos ocupantes, de 42 anos, que se apresentou como prefeito de Centro Novo do Maranhão, possuía passagem anterior por usurpação de bens da União, fato que levantou suspeitas da equipe.

Ao realizar busca na carroceria do veículo, os agentes localizaram diversos sacos contendo material de aparência terrosa e pedregosa, semelhante a minério, além de um invólucro com fragmentos de cor amarelada, possivelmente ouro.

O veículo e os ocupantes foram conduzidos à sede da PM em Confresa, onde foi feita uma busca minuciosa. Com o uso de um detector de metais, foi possível constatar presença de material metálico nos invólucros, reforçando a suspeita de se tratar de ouro.

A Politec foi acionado e acompanhou a ocorrência, orientando que o material fosse encaminhado para perícia especializada em Cuiabá.

Durante as diligências, a caminhonete foi levada a uma oficina para inspeção detalhada, inclusive nos pneus. Uma advogada acompanhou a ação.

Entre os materiais apreendidos, estavam GPS de alta precisão, documentos fiscais, anotações relacionadas à atividade garimpeira, aparelhos celulares, rádios comunicadores, além de pequenas amostras metálicas.

Segundo a polícia, as notações e apostilas em idioma indígena, e a afirmação de que dois conduzidos trabalhavam em uma região de garimpo, sendo um deles indígena, levantou a suspeita de exploração mineral em área indígena, agravante previsto na legislação ambiental e criminal.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

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