Cinco indígenas são alvos de operação da PJC por suspeita de pedofilia
A investigação iniciou em agosto deste ano, após duas adolescentes serem abandonadas em situação de risco na BR-174.

Gabriel Rodrigues | RDNews
Cinco indígenas foram alvos de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (13), durante a Operação Scutum Innocentiae, em aldeias indígenas do município de Comodoro (a 639 km de Cuiabá). A ação visa combater crimes de estupro de vulnerável, envio de pornografia a menores e aliciamento de crianças e adolescentes por meios de redes sociais.
A investigação iniciou em agosto deste ano, após duas adolescentes de 13 anos serem encontradas abandonadas em situação de risco na BR-174, próximo a aldeias indígenas. A PJC constatou que as vítimas, moradoras da área urbana de Comodoro, estavam sendo aliciadas e submetidas a atos libidinosos e abusos sexuais pelos investigados, que são indígenas, configurando uma possível situação de exploração sexual de menores.
A análise dos aparelhos celulares das vítimas revelou conversas explícitas em redes sociais, onde os suspeitos combinavam encontros, solicitavam imagens íntimas e mantinham diálogos de teor sexual, incluindo o envio de imagens íntimas. As evidências confirmaram o aliciamento e a submissão das menores a atos libidinosos.
Laudos psicológicos confirmaram que as vítimas, por serem menores de 14 anos, foram submetidas a abuso sexual, caracterizando o crime de estupro de vulnerável. De acordo com o delegado Mateus Almeida Oliveira Reiners, responsável pela investigação do caso, os elementos colhidos demonstram a existência de uma rede articulada de crimes envolvendo pornografia infantil, estupro de vulnerável e aliciamento sexual.
“Esta rede envolve múltiplos adultos contra crianças em situação de vulnerabilidade, exigindo uma resposta firme e imediata do Estado para proteger as vítimas e evitar a reiteração delitiva”, afirmou o delegado. Durante o cumprimento dos mandados, os suspeitos foram conduzidos à delegacia para serem ouvidos e foram apreendidos celulares e mídias, bem como objetos que possam ajudar nas investigações. (Com informações da Assessoria)