Técnico de vôlei de MT é preso em MG durante torneio suspeito de importunação sexual
A vítima, um adolescente de 14 anos, contou ao pai que tudo começou com mensagens de WhatsApp e Instagram, e depois passou a ter brincadeiras de conotação sexual durante o treino.

Ana Julia Pereira | Primeira Página
Um técnico de vôlei, de 45 anos, foi preso suspeito de importunar sexualmente um aluno de 14 anos, em Primavera do Leste (MT). A prisão aconteceu durante um campeonato em Uberlândia.
Conforme a responsável pela delegacia da Mulher de Primavera, Lícia Juliane, o pai do adolescente de 14 anos procurou a delegacia após encontrar mensagens com conotação sexual, que teriam sido enviadas pelo técnico ao celular do menino.
Ao pai a vítima confirmou que o professor o assediava sexualmente. Ele explicou que tudo começou com mensagens no WhatsApp e no Instagram, e depois passou a brincadeiras com conotação sexual durante o treino, onde segundo o adolescente, o técnico fazia insinuações.
“Ele mostrou as mensagens, os memes que o professor mandava de cunho sexual. Inclusive em uma mensagem, o menino precisou mandar imagens de seu RG, devido a uma viagem para um campeonato fora, e o professor respondeu para ele assim: ‘ah, eu pegava’”, contou a delegada ao Primeira Página.
A delegada questionou se houve toque físico, e ao pai, o adolescente confirmou que em duas viagens, o professor teria tocado nele.
“Eu instalei o inquérito por importunação sexual, ouvi o adolescente, ouvi os pais e pedi a prisão. Só que quando o mandado de prisão saiu, ele tinha viajado com os adolescentes devido a uma etapa do Campeonato Brasileiro de Vôlei que ocorria em Uberlândia, onde ele foi preso”, explicou.
Como o professor estava sozinho com os adolescentes, a delegada optou por esperar ele retornar. Porém, mesmo sem integração das forças de segurança, o professor foi preso durante um dos jogos do campeonato que acontecia em um clube da cidade.
“Como foi cumprido apenas a prisão do investigado e não fizeram a apreensão dos aparelhos eletrônicos, eu pedi para que a escola enviasse um responsável e buscasse os celulares e notebooks do professor, para que assim eu consiga realizar a extração de dados e ver se encontro outras coisas, como conversas com outros adolescentes”, finalizou.
As investigações continuam e outras possíveis vítimas serão ouvidas. O suspeito ainda não foi ouvido e a delegada aguarda a transferência do professor para o presídio de Primavera do Leste.