Filha de garota assassinada recebe alta e fica com a avó
Adolescente E.A.S., de 16 anos, que foi morta na semana passada; mulher confessou o crime.

Pietra Nóbrega | MidiaNews
A filha da adolescente E.A.S., de 16 anos, que foi assassinada na semana passada em Cuiabá, deixou o Hospital Santa Helena no sábado (15), após passar por todos os exames necessários.
A adolescente foi morta pela bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, na quarta-feira (12). A ideia da assassina confessa era ficar com a criança.
Agora, a bebê está na casa da avó materna, Ana Paula Azevedo, onde será cuidada pela família, incluindo o pai, que vai se mudar para sua casa para ter mais auxílio.
“Estou muito feliz, mas ao mesmo tempo com o coração quebrado. Hoje foi o dia mais difícil da minha vida”, disse a avó da bebê em entrevista à TV Record.
“Agora ela vai para minha casa, e o pai também vai, para que eu possa estar auxiliando”.
O pai da criança falou sobre o momento: “É muito bom sair com ela daqui. Eu nem sei o que dizer. Era para ser um dia muito feliz antes de acontecer essa tragédia”.
Segundo o conselheiro tutelar Samuel Almeida, a recém-nascida terá todo o acompanhamento necessário posteriormente.
“Vamos continuar acompanhando todas as condições sempre que der”, afirmou Samuel.
A menina nasceu em um parto violento que levou a mãe à morte e ficou no hospital desde a quarta-feira (12), dia do crime.
O caso
Na quinta-feira (13), Nataly Helen e o marido procuraram o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, para registrar um bebê recém-nascido, com a alegação de que a criança tinha nascido em casa.
A equipe médica estranhou o comportamento da mulher, que afirmava ter dado à luz recentemente. Diante da suspeita, os profissionais acionaram a Polícia, que deteve o casal e os encaminhou à delegacia. Exames mais detalhados foram realizados e determinaram que a mulher não estava, de fato, grávida.
O delegado Caio Albuquerque afirmou que o corpo da vítima foi encontrado em uma cova rasa, com sinais de enforcamento com fios de internet e cortes na barriga para a retirada do bebê. Havia sinais de que a vítima tentou se defender, mas foi morta.
De acordo com o perito Jacques Trevizan, E.A.S. foi encontrada com lesões em “forma de T” no abdômen e ainda estava viva quando o bebê foi retirado.
Sacolas plásticas foram usadas para abafar os gritos, e a menor morreu pela perda de sangue e não por falta de ar, como havia sido cogitado inicialmente.
Segundo a Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, quem fez os cortes apresentava o domínio das técnicas. Nas redes sociais, Nataly diz ser bombeira civil e socorrista.
Em depoimento à Polícia Civil, Nataly Helen disse que planejou o assassinato da adolescente e cavou a cova para enterrar o corpo e roubar o bebê dela, em Cuiabá.