Filho suspeito de matar o pai por causa de briga por herança se apresenta à polícia, em Montes Claros de Goiás
Jovem queria vender uma fazenda do idoso, que não aceitava o negócio, segundo a polícia. Vítima, de 72 anos, foi agredida e, depois, amarrada com cordas junto com pedras e jogada em um rio.
Por Rafael Oliveira e Adriano Reges, G1 GO e TV Anhanguera
O jovem de 22 anos suspeito de armar uma emboscada para matar o pai e ficar com a herança se apresentou espontaneamente à Polícia Civil nesta quarta-feira (26). O crime aconteceu em Montes Claros de Goiás, no oeste do estado, em setembro do ano passado.
Frank Dias Diogo, filho da vítima, disse na delegacia estar “super tranquilo” em relação as investigações. Como ele tinha um mandado de prisão em aberto, o jovem foi preso e levado para um presídio, segundo o delegado Gilberto Ferro.
“Cuidava do meu pai por ele ter problemas de coração e ficava mais para cuidar da fazenda. Vim aqui me apresentar porque confio na Justiça e na polícia para provar a minha inocência”, ressaltou o suspeito.
José Aparecido Diogo, de 72 anos, desapareceu em 18 de setembro do ano passado. O carro dele foi levado. O filho não registrou o desaparecimento do pai e apresentava versões desconexas sobre o sumiço do idoso. Isso chamou a atenção da polícia, que, inicialmente, investigava o caso como latrocínio.
“Ele alegou que tomou conhecimento do mandado de prisão em 10 de janeiro e desde então ficou impaciente e com vontade de se apresentar para ficar a disposição dos investigadores e do poder judiciário”, contou o delegado Gilberto Ferro.
A vítima foi morta a pauladas, depois amarrada e teve o corpo lançado em um rio a cerca de 40 km da fazenda onde morava.
Quatro pessoas são investigadas estão presas: três por terem participado diretamente do assassinato e a quarta é o próprio filho. Dois suspeitos foram presos no Mato Grosso do Sul, um em Anápolis o filho do idoso.
Eles vão responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O filho vai responder pelos mesmos crimes, além de fraude processual, por ter dado informações falsas durante a investigação.
Investigação
Durante as investigações, o corpo de José foi encontrado em um rio a 40 km da cidade, amarrado com cordas e preso com algumas pedras.
“Ele foi agredido com uma paulada na cabeça e sofreu outras lesões. Mas o laudo apontou que ele ainda estava vivo quando foi jogado no rio. A causa da morte foi o afogamento”, disse o delegado Ramon Queiroz.
O delegado explicou que Frank contratou três pessoas para ajudar a cometer o crime. Um deles era o peão da fazenda. Já os outros dois eram donos de um lava a jato. O delegado informou que os dois últimos confessaram o crime.
“O Frank tinha pedido uma das fazendas para o pai, e ele deu. Só que o filho queria vender a propriedade, mas o José não permitiu, o que iniciou essa briga. O Frank chamou os outros três suspeitos e atraiu o pai para a emboscada”, explicou o delegado.
De acordo com a polícia, em seguida, dois suspeitos foram os responsáveis por jogar o corpo no rio.