Igreja Católica e Polícia Milita lançam projeto ‘Fraternidade e Combate a Fome’ em Confresa

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida iniciou nessa segunda-feira (24), em parceria com a Escola Militar de Confresa, o Projeto Fraternidade e Combate a Fome. A iniciativa partiu após a realização de um ciclo de reuniões entre a equipe gestora, corpo docente e membros da igreja Católica.
Trata-se de um projeto de intervenção pedagógica, onde alunos, sociedade civil organizada, com apoio da Policia Militar e da Paróquia, motivados pelo Tema da CF (Campanha da Fraternidade) 2023, irão a partir das atividades interdisciplinar dentro e fora da sala de aula, desenvolver um série de reflexões a cerca do tema tão latente na atual conjuntura sociopolítica que vivemos.
Segundo o Padre Marco Antonio Gallo em sua palestra de Lançamento do projeto, “a fome é um escândalo e um contra testemunho! Num país como o Brasil, líder mundial na produção de alimentos, ver pessoas passando fome revela muito sobre nossa economia, nossa cultura, nossa política e nossa necessidade de levar mais afinco o que nos ensinou Jesus de Nazaré.”
Na ocasião, o tenente-coronel Noelson, comandante Regional da PM, enfatizou “a necessidade de uma formação de nova consciência que transforme a cultura, para que distribuamos mais oportunidades, até que todos possam viver abundantemente”.
O projeto é vinculado ás praticas de desenvolvimento de uma cultura de paz, que já acontece em diversas ocasiões na relação macro ecumênica por parte da Igreja Católica, o Padre Marco Antonio, que coordenará junto aos envolvidos o projeto ressalta que “no campo da educação é urgente educar as crianças e jovens para que: consigam olhar para o outro e se compadecer, afim de que tenhamos um sentimento para com a sociedade, mais integral, e compreendamos a dor de um como dor de todos; a educação deve favorecer para que sejamos capazes de questionar as estruturas injustas da sociedade e não apenas questionar, mas a partir de nossos sonhos, dons e oportunidades transformar a sociedade.”
Ao concluírem as palestras o padre lançou uma última reflexão para os alunos dizendo que “Infelizmente, a situação da fome se agrava porque estamos em cultura de indiferença e resignação que, muitas vezes, é transmitida dentro de casa e reforçada na convivência social nos impedindo de perceber a urgência da fome dos outros e ainda justificar essa fome a partir de um olhar meritocrático e privilegiado onde muitas vezes, as crianças, adolescentes e jovens são impulsionados a desconfiar e odiar os pobres. E que diante dessa lamentável análise que não pode ser generalizada, o projeto se desenvolverá em 3 instancias, sendo a primeira delas uma fundamentação teórica a partir de textos, pesquisas e trabalhos em sala de aula, onde os alunos deverão se posicionar, debater e refletir, a segunda, no diálogo com sociedade apresentando o dever moral da educação de desconstruir a falta de empatia social e reformar a consciência da sociedade, para um olhar pautado na justiça, na solidariedade e no senso de fraternidade por meio de atividades artísticas e culturais, e como ação concreta uma grande coleta e distribuição de alimentos para as famílias mais carentes. De modo que o projeto seja voluntário e participativo, e consiga integrar ao logo do caminho outras instituições, entidades e comunidades eclesiais.”
O projeto que iniciou hoje, prevê a culminância cultural e social no final desse primeiro semestre, e só está sendo possível graças ao empenho e adesão da Escola Militar que desde sua implantação tem feito a diferença na vida de muitos da sociedade confresense.
Assessoria