Política

Mauro admite oficialmente construção de candidatura à reeleição

O governador já tinha prometido que faria o anúncio até o dia 2 de abril.

Renan Maciel | RDNews

O governador Mauro Mendes (União Brasil) anunciou na noite desta terça (29) que está buscando construir uma candidatura à reeleição. No entanto, o gestor ponderou que somente nas convenções partidárias é que o projeto será consolidado.

“Oficialmente, eu digo que estou em processo de construção de uma candidatura. Ser candidato ou não, é na convenção. Agora, o governador Mauro Mendes vai dialogar mais politicamente, falar mais do processo eleitoral, porque estamos em ano eleitoral”, disse à imprensa.

Na prática, Mauro já vinha conversando sobre o processo eleitoral há algum tempo, inclusive com lideranças nacionais em Brasília. O anúncio de hoje ocorre, em parte, devido à pressão de aliados por um posicionamento mais claro, já que o período da janela eleitoral está prestes a acabar. O governador já tinha prometido que faria o anúncio até o dia 2 de abril, justamente para deixar mais confortável os aliados, apesar de sempre reforçar que “ninguém está grudado a mim” e “todos têm as suas estratégias”.

“Eu comecei a construir já… Fiz dezenas de reuniões com partidos, com líderes, com presidentes nacionais de partido. Aqui já conversei com diversos presidentes de partidos regionais. Tenho dialogado politicamente. Então é o início de uma construção de uma possibilidade de candidatura”, afirmou.

Durante a entrevista, Mauro comentou uma declaração do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) de que, se o gestor estadual anunciasse a tentativa de reeleição, ele iria deixar a prefeitura para não permitir a vitória por “W.O”. Mauro classificou como mentira a fala de Emanuel.

Na live semanal desta terça, após o anúncio de Mauro, Emanuel afirmou que vai avaliar se coloca o nome, de fato, para enfrentar o governador na disputa. Ocorre, porém, que Emanuel acaba de voltar de um período de “férias políticas”, no qual tentou viabilizar um nome para a oposição, sem sucesso.

A opção mais forte que surgir nesse período não se deu por articulação do emedebista, mas pela aproximação de Mauro com o PL, do senador Wellington Fagundes, que busca a reeleição.

O projeto Mauro e Wellington juntos inviabilizaria a candidatura do deputado federal Neri Geller ao Senado, o que provocou uma revolta dos partidos aliados PP, MDB, PSD, PSB, e levantou a hipótese de uma candidatura do senador Carlos Fávaro (PSD) para enfrentar Mauro e, principalmente, garantir Geller no Senado. 

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